A Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebe até a próxima quinta-feira (31) pedidos de revalidação de diplomas estrangeiros. Só não serão aceitos processos de Medicina, que devem ser feitos a partir do exame nacional Revalida, do Ministério da Educação. Tanto para a graduação, como para o mestrado e o doutorado, o custo do processo é R$ 700 R$ 550 para a abertura e mais R$ 150 se for homologado. Estudantes que perderem o prazo podem participar do próximo edital de 2012, a ser lançado em agosto.
Há dois anos, alunos formados no exterior poderiam procurar a universidade em qualquer momento do ano, mas isso atrasava o processo, segundo o coordenador de Políticas de Acesso e Permanência da UFPR, Robson Tadeu Bolzon."Quando tínhamos um fluxo contínuo, tínhamos de montar as comissões de acordo com a demanda. Com o edital, a ideia é otimizar e ter montada a comissão permanente para avaliar disciplina por disciplina", explica. Em até seis meses, a comissão dá um parecer dizendo se o curso estrangeiro é equivalente ao da Federal ou se o conteúdo precisa ser complementado.
Na Universidade de São Paulo (USP), o processo de revalidação da graduação também ocorre semestralmente, em fevereiro e agosto. A exceção são os títulos de mestrado e doutorado, que podem ser avaliados o ano todo. Segundo a técnica administrativa da Secretaria Geral da USP Leila de Oliveira, o processo pode demorar até um ano e o valor para a inscrição é de R$ 1.530.
Estrangeiros no Brasil
O aquecimento da economia brasileira está fazendo com que mude o perfil dos estudantes que pedem a revalidação do diploma. Antes, a maioria era formada por brasileiros que estudaram no exterior. Nos últimos anos, tem aumentado o número de estrangeiros que buscam a revalidação para atuar no Brasil. Entre os 65 médicos aprovados no último Revalida, processo nacional de revalidação para o curso de Medicina, 31 eram brasileiros e outros 31 eram provenientes de outros países da América Latina.
"Os estrangeiros pleiteiam mais o diploma no Brasil em busca das ofertas de emprego. A grande maioria vem da América Latina e, além da Medicina, uma grande demanda vem das áreas da Engenharia, Direito e Administração", diz Bolzon.