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A greve dos professores das instituições federais de ensino deve continuar no Paraná, mesmo com a assinatura do acordo entre a Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e o Ministério do Planejamento. Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) são vinculados ao Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), que não aceitou a proposta.

O Andes realiza na noite desta quinta-feira (2) uma reunião para apontar as diretrizes que os docentes de cada estado poderão seguir com a assinatura do acordo.

No Paraná, apenas os professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) são representados pelo Poifes em nível nacional. No estado, a categoria é representada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sindiedutec). Na terça-feira (31), as sete instituições de ensino vinculadas ao Proifes realizaram um plebiscito local com os professores para saber a opinião dos docentes sobre a proposta do governo. Os professores do IFPR rejeitaram a proposta, mas a maioria dos docentes que votaram pelo Proifes (74%) aceitou o acordo.

De acordo com o Sindiedutec, mesmo com a assinatura do acordo, os professores do IFPR só decidirão se retornam ou não para as aulas na próxima segunda-feira (6), quando será realizada uma assembleia da categoria.

Segundo o presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr), Luiz Allan Künzle, a orientação dada pelo Andes, ao qual a Apufpr é vinculada, é de que não aceitem a proposta do governo. O sindicato local vai decidir na próxima terça-feira (8), em assembleia, quais serão os rumos das negociações e do movimento com o novo cenário. "É uma situação nova e difícil. O governo assinou acordo com uma parcela ínfima das instituições que representam os professores."

O Sindicato dos Professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Sindutefpr), também vinculado ao Andes, foi procurado pela reportagem, mas ninguém atendeu às ligações. Os professores da Associação dos Docentes da Unila – Universidade Federal de Integração Latino-Americana – que não são vinculados a nenhum sindicato nacional, decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (2), que continuam em greve por tempo indeterminado.

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