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Política universitária

Greve ofusca eleição para reitor na UFPR

Com a universidade às moscas por causa das greves dos professores e servidores, a campanha eleitoral está reduzida às mídias sociais | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
Com a universidade às moscas por causa das greves dos professores e servidores, a campanha eleitoral está reduzida às mídias sociais (Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo)

A eleição para Reitor na Universidade Federal do Paraná (UFPR) está mais difícil neste ano por causa da greve dos professores e servidores federais. O pleito, marcado para o dia 4 de setembro, será transferido – provavelmente, para o fim de setembro. Além disso, com a universidade às moscas, o debate ficou reduzido às mídias sociais e a pequenos grupos de discussão.

Concorrem ao principal cargo da instituição o atual reitor Zaki Akel Sobrinho e a diretora do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Tarcisa Bega. "O ideal é que a eleição ocorra pelo menos três semanas depois do fim da greve para que haja espaço de debate, discussão e troca de ideias", afirma Akel. Podem participar professores, servidores e alunos, e os votos de cada uma dessas categorias têm pesos diferentes na apuração.

Como o atual mandato termina em 18 de dezembro, o Conselho Universitário da instituição deve encaminhar uma lista tríplice de nomes ao Ministério da Educação (MEC) até o dia 18 de outubro. A primeira indicação ficará com a chapa vencedora da eleição, a segunda com a perdedora e a terceira com nomes escolhidos em acordo pelos concorrentes. O MEC tem liberdade para escolher qualquer um dos três, mas, em respeito à autonomia da instituição, tem por tradição acatar a decisão das urnas.

Debate

Os dois candidatos sustentam discursos parecidos em muitos aspectos referentes à universidade. Os dois concordam, por exemplo, que é necessário começar já uma "Estatuinte", ou seja, um colegiado usado para a reforma dos estatutos da instituição. Como a universidade é centenária, há consenso de que as normas que a regem estão ultrapassadas e precisam ser modificadas.

Outro assunto defendido por ambos é a não inclusão do Hospital de Clínicas na recém-criada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) pelo governo federal. "O conceito de hospital-escola está claramente rompido pela Ebserh, que coloca a assistência em primeiro lugar em uma instituição que tem obrigação de fazer política pública de educação superior; esquecendo que a assistência deve ser feita pelo Ministério da Saúde", diz Tarcisa. Para Akel, a empresa parecia ser uma boa solução quando estava em projeto, mas perdeu essa característica quando prevê a tomada do hospital da universidade e coloca em risco a formação de profissionais qualificados.

>>> Clique nos links abaixo para ler entrevistas feitas com os dois candidatos.

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