Durante a posse do novo ministro da Educação, Fernando Haddad, na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou que ele se reúna com reitores para conversar com parlamentares no Congresso, já na próxima semana, sobre a aprovação do anteprojeto da reforma universitária. A terceira e última versão do documento foi apresentada por Tarso Genro antes de transferir o cargo.

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"É preciso fazer a apresentação da proposta do projeto para cada bancada. Não conversem apenas com os líderes ou com um representante da bancada, porque poderão incorrer num equívoco de discutir com o deputado que não é o que mais entende da educação das universidades brasileiras", avisou o presidente, em solenidade realizada no Palácio do Planalto no fim da tarde.

O anteprojeto será encaminhado para análise da Casa Civil e, em seguida, enviado para votação no Congresso. Haddad afirmou estar otimista com a possibilidade de aprovação ainda neste ano, apesar do foco dos parlamentares estar na CPI dos Correios.

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Lula destacou que a reforma do ensino superior é um "símbolo do padrão das políticas públicas do governo". Depois de fazer um balanço da educação no país, o presidente disse que Tarso Genro vai assumir uma função nova, honrosa e desafiadora, em referência ao cargo de presidente nacional do PT.

"Tarso, de coração, sei que a tarefa que você vai ter pela frente é tão ou mais espinhosa do que ser ministro da Educação", afirmou Lula, recebendo de presidente do PT uma resposta bem-humorada. "Espinhosa é carinho dele".

Haddad é o terceiro ministro da Educação no governo Lula, depois de Tarso e Cristovam Buarque. Ele era secretário-executivo da pasta e assegurou que dará continuidade aos projetos do Ministério da Educação (MEC). "Sempre trabalhamos em conjunto e por isso também me sinto autor dos projetos de Tarso", disse.

Questionado sobre qual projeto teria prioridade a partir de agora, Haddad disse que, apesar de considerar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) a menina dos olhos do MEC, não há nenhum programa mais importante do que outro.

"Não se faz educação fragmentada. Todo o sistema educacional, desde a educação básica até o ensino superior, deve ser prioridade. O que está sendo apresentado ao Congresso são políticas duradouras. Não se pode pensar em estabilidade econômica sem um projeto educacional à altura do Brasil", disse Haddad.

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Participaram das cerimônias de posse, no Palácio do Planalto, e transmissão de cargo, no auditório do MEC, ministros de estado, senadores, deputados, líderes de movimentos sociais, reitores e estudantes.