Modelo é o mesmo do novo Enem

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As mudanças propostas pelo Conselho Nacional de Educação para o ensino médio batem com o novo modelo de vestibular unificado, que passa a ser pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), baseado em quatro áreas do conhecimento.

O diretor-geral do Colégio Positivo, Carlos Dorlass, diz que a proposta é boa porque leva em consideração o novo modelo de vestibular e que vai ampliar a visão do aluno. Para ele, o maior problema do ensino médio é que o estudante não enxerga no modelo atual a importância do conhecimento como forma de transformação do indivíduo e da sociedade.

As mudanças recentes propostas pelo MEC, como o ensino de nove anos e o vestibular unificado, apontam para um nova proposta de educação para o país. O diretor de Concepções e Orientações Curriculares do Ministério da Educação, Carlos Artexes, diz que o MEC não está se baseando em nenhum modelo educacional de outros países, mas que tudo faz parte das políticas públicas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). "A ideia é sempre melhorar a educação básica e que o estudante não tenha apenas aquele ensino de sala de aula. Claro que as experiências internacionais de educação são importantes, mas todas as escolas do mundo de ensino médio têm dificuldades, e nós estamos tentando resolver as nossas", explica.

Os educadores acreditam que a mudança no ensino médio e no vestibular precisa vir acompanhada de mais horas de ensino. "O aluno deveria ficar mais tempo no colégio, como acontece em alguns países que a criança fica o dia inteiro", diz Dorlass. Ele explica que o estudante deve aprender a relacionar os assuntos, mas que essa interdisciplinaridade ainda é um problema enfrentado pelo próprio professor.