Nesta quinta-feira, começou a greve de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP), mas a maioria das unidades manteve as aulas, já que a paralisação dos professores começa na sexta. As faculdades de comunicação, enfermagem e direito pararam parcialmente. Não funcionaram os serviços de transporte, os refeitórios, a editora e a prefeitura do campus.

CARREGANDO :)

No próximo dia 31, às 10h, haverá uma assembléia da Associação dos Docentes da USP para discutir a manutenção da greve, que, a princípio, é por tempo indeterminado.

Está marcado para as 11h desta sexta um ato público de servidores estaduais em frente ao Masp, que contará com a participação de integrantes da USP, além de outros setores públicos. Os servidores reivindicam reajuste salarial.

Publicidade

Já o motivo da greve da USP é protestar contra o veto do governador Geraldo Alckmin às emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2006, que garantiam o aumento do repasse de verbas para a educação pública estadual em todos os níveis. A Assembléia Legislativa de São Paulo havia aprovado um aumento dos gastos totais do orçamento paulista com educação de 30% para 31% da receita de impostos, o que inclui a destinação de 10% da cota-parte anual do ICMS para USP, Unesp e Unicamp; e de 1% da cota-parte para o Centro Paula Souza (Ceeteps), que nunca havia contado com dotação orçamentária específica.

O governador Alckmin vetou tudo, sob a alegação de que implicaria retirar recursos de outras áreas. Mas, segundo os deputados estaduais que aprovaram o aumento, ele foi projetado com base no excesso de arrecadação do governo paulista. Se o veto de Alckmin for mantido, não haverá qualquer garantia de repasse de verbas para essas instituições de ensino em 2006.

A Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa aprovou, por unanimidade, parecer que recomenda ao plenário a derrubada do veto de Alckmin às emendas da educação na LDO. Ainda não há data definida para a votação em plenário. Para derrubar o veto do governador são necessários 48 votos dos deputados estaduais.