A polícia de Garça, a 423 km de São Paulo, investiga o trote que causou queimaduras de segundo grau nos pés do estudante José Paulo Gonçalves Franco da Silva, de 17 anos, durante um trote. Ele e outros calouros da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça foram amarrados por um grupo de veteranos numa caminhonete e obrigados a andar descalços em asfalto quente por cerca de dois quilômetros, até o centro da cidade. A polícia já identificou cinco suspeitos. A direção da faculdade abriu sindicância para apurar os fatos.
"Eles alegam que nada foi forçado e que o rapaz aceitou o trote espontaneamente", disse o delegado, que abriu inquérito para apurar, além da lesão corporal, constrangimento ilegal e furto, já que a mãe da vítima afirma que desapareceram dinheiro, tênis, camiseta e um relógio de seu filho. O tênis do rapaz foi encontrado no carro de um veterano da faculdade.
Silva - que mora em Barra Bonita, também no interior -, afirma que os veteranos o forçaram a participar do trote. Segundo ele, mesmo dizendo que o asfalto estava muito quente, os autores do trote não o deixaram colocar o tênis.Ainda bastante assustado com tudo o que passou, o estudante afirma que não pretende mais retornar à faculdade.
"Acho melhor voltar a fazer cursinho para tentar entrar na Unesp. A prestação do curso de agronomia fica muito pesada", justifica.
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