Entrar em crise de autoestima por causa do aspecto físico não é só um perigo para as meninas. De acordo com uma pesquisa inglesa, os rapazes podem sofrer do mesmo mal e, a partir dele, desenvolver desordens alimentares e psíquicas. E o lugar em que eles se sentem mais pressionados a ter um corpo perfeito é na escola.
Segundo a pesquisa, realizada na Inglaterra com mil estudantes do sexo masculino (dois terços deles alunos dos anos que correspondem ao ensino médio no Brasil e o restante do ensino fundamental), 55% afirmaram estar prontos para começar uma dieta para emagrecer e parecerem mais bonitos. O exercício físico exagerado para obter uma forma melhor era considerado como uma opção concreta para 48% dos jovens e outros 56% estavam convencidos de que sofrer desordens alimentares, como anorexia e bulimia, era aceitável na sua idade. Do total, 35% se sentiam pressionados na escola a terem um corpo perfeito.
Precauções
1. Pais e professores precisam ser ajudados a identificar problemas de autoestima e de insegurança dos jovens com origem no seu aspecto físico.
2. Jovens devem participar de atividades que os ajudem a entender que as imagens vistas nos meios de comunicação muitas vezes são retocadas e manipuladas (não correspondem à verdade).
3. A opinião pública deve pressionar a mídia a oferecer modelos de homens de formas e características diferentes, com o objetivo de aumentar e diversificar o conceito de beleza que servem de referência para a juventude.
O desejo de oferecer uma imagem impecável, na visão dos entrevistados, é fomentado de diferentes formas. Para 68%, a maior pressão vem dos amigos. Outros 57% afirmam serem incentivados à perfeição corporal pelas mídias sociais, 53% confirmaram ter sido influenciados pela publicidade e 49% por fotos de celebridades nos meios de comunicação.
Outro resultado que chamou à atenção dos pesquisadores foi a percepção, para 23% dos estudantes, da existência de um modelo perfeito para o corpo masculino, com características precisas, meta à qual eles se sentiam obrigados a tender por meio da academia e do controle da alimentação.
A pesquisa apontou ainda que os estudantes têm dificuldades para falar sobre o tema - 56% não conseguem conversar sobre o assunto com os professores e 29% com os próprios pais.
Soluções
Para ajudar esses adolescentes, os responsáveis pelo levantamento sugerem três linhas de conduta. Em primeiro lugar, pais e professores precisam ser ajudados a identificar os problemas de autoestima e de insegurança dos jovens, principalmente em níveis que podem desembocar em distúrbios psíquicos e alimentares.
Depois, é necessária a promoção de atividades que ajudem os rapazes a entender que as imagens vistas nos meios de comunicação são retocadas e manipuladas e, por isso, não correspondem à realidade. Por fim, famílias e educadores devem pressionar a mídia a oferecer modelos de homens de formas e características diferentes, com o objetivo de aumentar e diversificar o conceito de beleza que serve de referência para a juventude.
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