Reajuste de salário de professores deve ser votado semana que vem

O governo estadual entregou à Assembléia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (8), o projeto de lei que prevê um reajuste salarial aos professores das instituições estaduais de ensino superior do Paraná. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, se comprometeu em agilizar a votação no legislativo.

"Hoje mesmo o projeto vai ser lido na sessão e encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça. Vou pedir ao presidente da comissão, Durval Amaral, que designe o relator e, até a próxima semana, o projeto entrará na pauta de votação", adiantou Hermas Brandão.

Se o projeto for aprovado, o reajuste será pago já neste mês. A proposta atende 10.562 servidores, a maioria professores das cinco universidades e de 11 faculdades estaduais do Paraná. O plano prevê um reajuste médio de 18,68%, mas os ganhos variam de acordo com as classes dos professores.

Os professores auxiliares, aqueles que se encontram no primeiro estágio da carreira, terão reajuste de 10,14%. Os professores assistentes receberão 14,29% de aumento. Os professores adjuntos, 23,42%. Os professores associados, categoria na qual está a maior parte dos doutores, vão ganhar um reajuste de 32,64%. Por último, os professores titulares terão um aumento de 21,59% nos salários.

Vida funcional

O projeto também pretende regularizar a vida funcional de 7.804 professores de 16 instituições e acabar com distorções históricas nos vencimentos, gratificações e outros benefícios pagos aos professores do ensino superior estadual.

Os vencimentos e as gratificações foram padronizados. Até então, cada universidade e faculdade possuía suas regras próprias. Existem casos de professores que recebem as gratificações incorporadas ao vencimento, o que aumenta a base de cálculo para a aplicação do adicional por tempo de serviço ou de dedicação integral (conhecida como Tide).

Outros docentes não recebem as gratificações. Isso faz com que um professor de uma instituição, de mesma classe e desempenhando as mesmas funções que um professor de outra instituição possua uma remuneração bem inferior à do colega.