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Para Bruno Benevenuto, 22 anos, os encontros acadêmicos facilitam o networking e o conhecimento do mercado de trabalho | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Para Bruno Benevenuto, 22 anos, os encontros acadêmicos facilitam o networking e o conhecimento do mercado de trabalho| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

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A equipe do Vida na Universidade desenvolveu um aplicativo no qual o aluno pode "chutar" notas da primeira fase e descobrir quanto precisar tirar na segunda fase.

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Sem perder o ritmo dos estudos

Brenda Nascimento, 18 anos, é candidata ao curso de Engenharia de Produção e tenta uma vaga no ensino superior pela segunda vez. A pouco tempo para o início da maratona de provas, ela mantém o ritmo de estudos que adotou no começo do ano: cinco horas por dia em casa, fora as aulas do cursinho. "Eu acredito que minha preparação – que levei a sério o ano todo, sem deixar atrasar conteúdo – vale tanto para o Enem quanto para os vestibulares".

Dicas

Fique de olho em pequenas sugestões que podem fazer grande diferença na hora da prova:

>> Na prova do Enem, comece respondendo os assuntos que domina. Deixe os mais difíceis para o final.

>> Como o Enem é corrigido segundo a Teoria de Resposta ao Item (TRI), se o candidato chuta tende a tirar nota mais baixa. Por isso, mesmo que você não saiba responder a questão, tente pelo menos ler com calma o enunciado. Muitas vezes a resposta – ou o caminho para ela – está lá.

>> Os simulados são bons parâmetros para medir desempenho. Use os erros cometidos para identificar as suas falhas e acertar no vestibular.

>> Para o Enem, invista em fazer exercícios das provas anteriores uma ou duas vezes por semana.

>> Revise os temas mais debatidos pela mídia durante o ano. Além de serem quentes para a redação, podem aparecer contextualizados em alguma questão, tanto no Enem quanto no vestibular.

A praticamente um mês da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado nos dias 3 e 4 de novembro, e a dois meses da primeira fase da Universidade Federal do Paraná (UFPR), muitos alunos se perguntam como se preparar para a reta final. Embora a regra mude um pouco dependendo da concorrência de cada curso, é consenso entre os professores de que agora é – mais do que nunca – hora de manter o foco e não deixar o ritmo do estudo reduzir.

Porém, engana­se quem pensa que, como a prova do Enem ocorre antes, é preciso se concentrar nela primeiro. O professor e diretor do Curso Acesso, Ivo Lessa Filho, diz que não existe uma preparação específica para o exame, pois quem está estudando para os vestibulares tradicionais dará conta de responder a prova. "Embora hoje o Enem esteja um pouco mais focado em conteúdo, ele abrange bastante análise de gráficos, números, tabelas e interpretação de texto, coisas que estão inclusas na preparação de um vestibulando" .

Por isso, os cursinhos não investem em nada muito elaborado para o Enem, como revisão de véspera, por exemplo. O que fazem é, no mês de outubro, usar o contraturno para praticar muitos exercícios nos moldes da prova. A dica de Lessa é separar uma ou duas vezes por semana no mês de outubro para a resolução de questões das últimas provas do exame, que podem ser encontradas no portal do Inep ou nos sites dos cursinhos.

Também é válido – não só para o Enem, mas para todas as provas de vestibulares – fazer um apanhado de assuntos que foram destaque na imprensa durante o ano, principalmente nas áreas de saúde pública, educação e política. Eles devem cair não só na prova de Redação e Língua Portuguesa, como em Geografia, Biologia e até Matemática, contextualizados nos enunciados das questões.

Cuidados

Com o pouco tempo que resta até as datas das provas, é comum que os alunos queiram intensificar o ritmo de estudos, principalmente para o vestibular da UFPR, que é o mais concorrido do estado. Porém os professores alertam: ou o estudante mantém a mesma quantidade de horas diárias de estudo ou, se aumentar, não pode prejudicar a alimentação e muito menos as horas de sono. "É preciso cuidar porque se estudar demais poderá ter fadiga. Se reduz, dá preguiça e perde o ritmo", diz o coordenador pedagógico do curso Dom Bosco, Heliomar Rodrigues Pereira.

Há ainda os que não estudaram nada até agora e que pretendem começar o superintensivo, que é uma modalidade que os cursinhos oferecem nessa época, com duração de cerca de um mês, na qual são feitos exercícios que revisam os conteúdos mais importantes. Para Lessa, no entanto, é muito difícil que um candidato a um curso concorrido consiga sucesso dessa forma, ainda que não exista regra fixa.

"Se a concorrência for baixa, como um candidato por vaga, por exemplo, até dá. Fora isso é pouco provável concorrer de igual para igual com quem estuda desde fevereiro. Se for colocar na ponta do lápis, quem se dedicou desde o começo do ano viu cerca de 3 mil páginas de conteúdo", comenta.

>>> Simule sua nota

Durante o ano, os alunos que estão no terceiro ano ou no cursinho costumam fazer simulados para saber como anda seu desempenho. Porém, eles conseguem ter uma ideia de quantas questões acertam das 80 que caem na primeira fase e até de como estão nas provas discursivas, mas não sabem se com a nota que tiram passariam ou não na segunda fase da UFPR. Isso acontece porque, desde que aderiu ao sistema de cotas, a instituição não divulga a nota final do último classificado em cada curso.

Por isso a equipe do Vida na Universidade desenvolveu um aplicativo no qual o aluno pode "chutar" notas da primeira fase – de acordo com o desempenho que tem tido nos simulados – para descobrir quanto precisa alcançar na segunda fase para ser aprovado.

O cálculo é feito segundo a nota do último aprovado em cada curso no Vestibular 2011/2012 da UFPR, divulgado com exclusividade para a Gazeta do Povo. Mas atenção: a nota de corte é usada no cálculo feito pela ferramenta para indicar aprovação ou não, mas, a pedido da Universidade, não está explícita no aplicativo.

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