Estar no lugar certo, na hora certa e saber aproveitar as oportunidades que surgem. Parece uma fórmula batida, mas é a explicação da trajetória do fisioterapeuta José Lourenço Kutzke. Aos 24 anos, ele é empresário e professor de graduação e de especialização para os cursos de Fisioterapia, Odontologia e Tecnologia em Segurança do Trabalho em quatro instituições de ensino superior.
Quando estava no 2.º ano da faculdade de Fisioterapia, na Universidade Positivo, a maior preocupação de Kutzke era encontrar uma forma de pagar as mensalidades. Ele, que já tinha se aventurado como modelo e trabalhava como vendedor em um shopping, teve uma nova oportunidade ao saber de um concurso para trabalhar na própria universidade.
A dedicação do aluno chamou a atenção dos professores e, pouco tempo depois, ele foi efetivado. Ministrava aulas presenciais para outros acadêmicos, iniciando aos poucos na carreira de docente, e passou a trabalhar como pesquisador no Laboratório de Análise Biomecância. Lá, Kutzke encontrou um aparelho importado e que estava sem uso. Decidiu investigá-lo e essa foi a sua primeira experiência com a baropodometria computadorizada.
Futuro
"O equipamento foi tema para o meu trabalho de conclusão de curso, pois achei que seria uma porta de entrada interessante no mercado de trabalho", conta. Em sua clínica de Fisioterapia, aberta em sociedade com o exprofessor Adenauer Gauglitz, Kutzke emprega a baropodometria computadorizada como exame complementar de diagnóstico fisioterapêutico para analisar possíveis alterações e desvios na marcha e na postura.
"Cada vez mais existe a necessidade de substituir o empirismo por uma avaliação baseada em evidências." Ele explica que a podoposturologia, aplicada em seu trabalho e pouco conhecida no Brasil, tratase de um método francês de correção de desequilíbrios posturais que levam a alterações da pisada. O tratamento é feito por meio de técnicas manuais e correção com palmilhas com estímulos mecânicos.
"Graças a esse trajeto acadêmico e profissional, consegui um caminho como professor universitário interessante, pois é possível mesclar a juventude da linguagem do acadêmico à experiência profissional embasada em inovações tecnológicas", diz Kutzke.
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