Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na tarde desta terça-feira (6), mostrou que 37,1% dos universitários brasileiros dedicam menos de cinco horas semanais aos estudos fora da sala de aula. O levantamento ouviu 2,4 mil estudantes brasileiros, entre 18 e 24 anos, de seis universidades duas públicas e quatro particulares.
Ainda de acordo com a pesquisa, outros 34,4% disseram que dispõem de seis a dez horas por semana para atividades extraclasse. Os que dedicam mais de 11 horas somam 28,2%.
O percentual dos que têm menos tempo para atividades fora da sala de aula cresce entre aqueles que exercem algum trabalho remunerado. Segundo o Ipea, 52% dos 2,4 mil estudantes que responderam à pesquisa recebem para trabalhar. Nesse grupo, 44,7% disseram dedicar menos de cinco horas semanais ao estudo fora de sala de aula.
Entre os que não trabalham (27,1% do total), 27,9% disseram que dedicam menos de cinco horas semanais ao estudo extraclasse.
Pais
A pesquisa também abordou o nível de escolaridade dos pais dos universitários. De acordo com o Ipea, 33,8% dos pais desses estudantes não chegaram à universidade, 35,9% tiveram ambos os pais nos bancos das instituições de ensino superior e 28,7% viram apenas um deles chegar a esse nível de escolarização.
Levando em consideração apenas o pai do estudante, 0,3% não sabem ler nem escrever e 9,5% têm o ensino fundamental incompleto. Já no recorte que considera apenas a mãe dos universitários, esses números caem um pouco: 0,3% são analfabetas e 8,9% têm o fundamental incompleto.
Os dados foram coletados com a participação da Sociedade Brasileira de Sociologia. Eles fazem parte de um levantamento que irá comparar o ensino superior e o perfil de universitários do Brasil e da China, país no qual foram entrevistados outros 2,4 mil universitários.
De acordo com o Ipea, foram ouvidos 400 estudantes de cada uma das seis universidades, três de Brasília e três de São Paulo, e a pesquisa tem margem de erro de 5%.
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