Persistência
Confira algumas dicas dadas por especialistas para superar as dificuldades encontradas no primeiro ano da faculdade:
Não vá à aula ou estude os conteúdos por obrigação. Tenha iniciativa e pense que tudo o que é ensinado contribui para transformá-lo em um melhor profissional.
Se o curso escolhido realmente não está agradando, verifique a possibilidade de optar por outra formação na mesma instituição e dentro da mesma área do conhecimento. Assim, aproveita as disciplinas já cursadas e não perde tanto tempo.
Todas as faculdades precisam ter um centro didático ou de aconselhamento pedagógico. Procure alguém para conversar sobre suas dúvidas e dificuldades.
Se você precisa trabalhar, tente conseguir um estágio que tenha uma remuneração razoável. os estágios, de maneira geral, contribuem mais para a sua formação do que um emprego em outra área.
As primeiras matérias costumam ser mais teóricas e com pouca aplicação prática, mas todas têm sua importância confirmada no decorrer do curso.
Procure professores e profissionais da área para saber o percurso que precisa ser percorrido para chegar a determinada função ou certo ponto da carreira.
Universidade não é só sala de aula. Envolva-se com as atividades artísticas, esportivas e acadêmicas diferenciadas. Essa integração conta muito para a formação, facilita a socialização e ajuda a perceber a instituição de outra forma.
Trancar o curso por um período e fazer outra atividade pode ajudá-lo a refletir se sua decisão sobre a carreira foi acertada. Busque o apoio de familiares para tomar essa decisão.
Quem disse que seria fácil? Passar no vestibular dá uma sensação de alívio, mas não significa que o trabalho duro acabou. Ao entrar na faculdade, é preciso estar ciente de que a carreira já começou, o que requer empenho e disciplina. O último censo do Ministério da Educação, de 2010, mostra que 27,9% dos alunos abandonam ou trancam o curso superior. Saiba quais são os desafios do primeiro ano da faculdade e dicas para não sucumbir a eles.
>>> Escolha precipitada
O primeiro ano também é marcado por arrependimentos, seja por quem escolheu o curso por não saber o que fazer ou por quem tinha uma imagem idealizada da graduação que não foi concretizada. Aqueles que não se identificam com o curso escolhido costumam desistir antes da matrícula para o segundo ano. "O problema é a escolha muito precoce da profissão, na faixa dos 16, 17 anos. É muito cedo para definir o que vai ser feito para o resto da vida", afirma Maria Amélia Sabbag Zainko, pró-reitora de Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Carla Bittencourt Lorusso, coaching e professora de Gestão de Pessoas da Faculdade Estácio, compartilha da mesma opinião. "A pressão da sociedade é muito grande e falta maturidade para os alunos. Passa a ter uma pressão sobre ter feito a opção correta e sobre a performance", afirma. A reflexão é importante antes da escolha, mas também quando se quer desistir do plano inicial. Muitas vezes, mudar de curso dentro da própria faculdade pode resolver.
>>> Mais responsabilidade
Durante a escola, é comum a impressão de o aluno ser levado pela mão, com gente torcendo pelo desempenho, cobrando dedicação, vibrando com as conquistas. Ao entrar na faculdade, a mudança desse cenário pode ser um choque. "Durante o primeiro ano, o aluno sente um impacto. Ele sai de um ensino paternalista para entrar em uma fase que requer autonomia e se vê sozinho", diz Wanda Camargo, presidente da Comissão do Processo Seletivo da UniBrasil.
>>> Muita teoria e pouca prática
É comum calouros se questionarem sobre a importância de determinadas disciplinas para a carreira escolhida. Essa indagação mostra-se mais presente no começo do curso por ser a época em que há maior concentração de conteúdos básicos, sem tanta aplicação prática para a profissão. Nas Ciências Exatas, por exemplo, Estatística, Matemática, Física e Química são disciplinas comuns a muitos cursos e responsáveis por muitas reprovações também. "O aluno não entra na faculdade colocando a mão na massa. Ele depara com matérias básicas e isso, em geral, é uma decepção. Não deparar com novidades da carreira gera uma quebra nas expectativas", explica Carla Bittencourt Lorusso, da Faculdade Estácio. "O aluno tem de ter a visão do curso como um todo. Passa por essas disciplinas no início, pois haverá um aproveitamento desse conhecimento no futuro", acrescenta a pró-reitora da UFPR, Maria Amélia Sabbag Zainko. Na UFPR, por exemplo, alunos bolsistas da pós-graduação têm atuado na graduação para ajudar os calouros a superar as dificuldades de início de curso e melhorar o desempenho.
>>> Estudo + trabalho
Chegar atrasado à aula e fazer trabalhos em cima da hora passam a fazer parte da rotina de alunos que, além de estudar, trabalham. "É lamentável o aluno ter de trabalhar e contribuir para o orçamento doméstico. Com isso, ele fica bastante cansado e sem tempo para se dedicar ao ensino superior", diz Wanda Camargo, da UniBrasil. Se não dá para abrir mão do salário, uma solução pode ser arranjar um estágio remunerado. Verifique se a faculdade tem uma central de estágios e peça indicações a professores.
"É pesada a responsabilidade que indivíduos ainda adolescentes precisam assumir - escolher seu futuro profissional - sem o direito de titubear. Pressionados pelos pais e modismos midiáticos, muitos embarcam em cursos que não correspondem às suas expectativas. Ou se arrastam pela graduação inteira, ou desistem. Decepcionados, descobrem que vestibular tem todo ano e que é possível recomeçar, repensar e rever seus conceitos sobre a profissão que irão abraçar." Alexandre Santana, mestrando em Educação pela UFPR, que mandou sua opinião sobre o tema pela página do Vida na Universidade, no Facebook.
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