Ao todo, 70 alunos do UniCesumar estiveram envolvidos na reforma da casa de Natália.| Foto: Ivan Amorim / Gazeta do Povo

Projetando o Futuro

Uma iniciativa semelhante ao Projeto Reformar ocorre há 13 anos na Universidade Estadual de Maringá (UEM). O Projetando o Futuro é o trote dos calouros de Arquitetura e Urbanismo, que ajudam a reformar instalações precárias de entidades não governamentais. Até hoje, creches, escolas e asilos já foram revitalizados. Além da melhora estrutural, os locais recebem doações de livros, alimentos e materiais de higiene. "Tudo isso é de responsabilidade dos alunos envolvidos no trote. Eles compartilham um trabalho intenso que promove grandes amizades. A ação ainda ajuda os estudantes a encontrarem o papel social deles", afirma a coordenadora do curso, Fabíola Cordoveli. Ela ainda diz que, ao tentar resolver os problemas elétricos, por exemplo, os alunos criam uma percepção sobre o trabalho dos profissionais responsáveis por essas etapas. (TS)

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O sonho de ter a casa reformada em apenas dois dias – algo popularizado em programas de tevê – se tornou realidade para uma família maringaense. E a ajuda não veio de celebridades. Foram os alunos dos primeiros anos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Maringá (UniCesumar) que encabeçaram a boa ação.

Em pouco mais de 24 horas, em um final de semana de junho, cerca de 70 alunos fizeram a pintura, aumentaram o espaço entre os batentes das portas, construíram rampas e asfaltaram a área externa da casa. Tudo para facilitar a acessibilidade de Natália, uma garota de 5 anos com dificuldades de locomoção por causa de uma má formação genética. "Quem quer ajudar sempre encontra uma maneira de ser útil a alguém", afirma Gilmar Henrique, que participou da reforma.

A menina vive com a mãe, Eliane Pinheiro Sato, e três irmãos na periferia de Maringá. A pequena casa em que moram já havia ganhado pintura e jardins na primeira intervenção dos alunos, em março. A ação iniciada neste ano enquadra-se entre os trotes solidários da UniCesumar, que também promove doações de alimento e sangue. Diante da experiência positiva, a ideia é que o Projeto Reformar, como ficou conhecido, ocorra ao menos uma vez por ano, segundo o coordenador de Engenharia Civil, Júlio Fiess.

A família de Natália foi encontrada a partir da Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR). "Eles [alunos] pediram para a gente encontrar uma família em Maringá com dificuldades reais. Logo pensei nesta menina", conta a assistente social Eneide Talarico.

Vida nova

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Eliane lembra que, antes da intervenção dos alunos, a casa era rodeada por barro e pedras, o que impossibilitava que Natália brincasse ao ar livre. Além disso, as portas estreitas eram um obstáculo para a cadeira de rodas. A menina só conseguia mudar de cômodo no colo dos parentes. "A reforma mudou a nossa vida completamente. Com o crescimento da minha filha, estava cada vez mais difícil e cansativo transportar ela sozinha. Acho que agora a Natália vai conseguir ser mais independente."