Mural
Confira outros desafios propostos a universitários:
Prêmio Tok&Stok de Design Universitário
Estudantes de Design de Produto e de Interiores, Tecnologia Moveleira e Arquitetura e Urbanismo podem se inscrever para criar um móvel. São permitidos até dois projetos por aluno. Site: www.tokstok.com.br/PremioTokStok.
Desafio Universitário da Construtora Camargo Corrêa
As cinco melhores ideias de estudantes de qualquer área, da graduação ou pós, são defendidas presencialmente para a diretoria da empresa. As três equipes vencedoras dividem premiação de R$ 27 mil. Site: www.construtoracamargocorrea.com/desafio.
Competições SAE Brasil
Estudantes de Engenharia projetam e constroem protótipos de veículos off-road, aeronaves e carros a combustão e elétricos. Site: www.saebrasil.org.br.
Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável
Propostas de engenharia de solução tecnológica ou inovação viáveis em sua execução podem ser enviados ao prêmio, com inscrições abertas até 6 de outubro. Cinco trabalhos serão premiados com R$ 60 mil. Site: www.premioodebrecht.com/brasil.
Não é preciso ganhar para aprender
Ivonaldo Alexandre / Gazeta do PovoQuando o analista de sistemas Delbert Deili (à direita na foto, com o colega Carlos Cezar Teza), 31 anos, entrou no Desafio Universitário Empreendedor, do Sebrae (desafiouniversitarioempreendedor.sebrae.com.br), não fazia ideia do árduo trabalho que encontraria pela frente. Tampouco imaginava os ganhos que a experiência traria para a carreira dele, mesmo sem ficar com o primeiro lugar. Foi há dois anos, quando ele e três amigos, entre eles Carlos Cezar Teza, 29 anos, iniciavam o curso de Gestão de Tecnologia da Informação na Faculdade Dom Bosco.
Ele conta que, apesar de o desafio ser um jogo, a experiência foi muito real. "Analisamos todos os pontos de gestão de uma empresa e foi bastante puxado. Em cada etapa, tínhamos de procurar ajuda específica para tomar as melhores decisões. O jogo requer esse tipo de apoio de professores e pessoas mais experientes na área", conta.
Durante a competição, as equipes somam pontos de diferentes formas, como fazendo cursos on-line ou respondendo questões sobre a empresa fictícia. A cada etapa cumprida, a equipe recebe um feedback sobre o desempenho. "Ao longo do tempo, as etapas ficam mais curtas para tomar decisões. Aprendemos a trabalhar em equipe, a respeitar opiniões diferentes e gerenciar decisões. Crescemos muito nessa questão de gestão, que era a área do nosso curso", diz. (AC)
Aspas
"Ler é diferente de implementar algo. A faculdade forma pela teoria e, quando o aluno vai para a prática, presencia uma realidade diferente. Ele se depara com desafios que não previa, tem de enfrentar problemas e conflitos inesperados. Quem já tiver aliado a teoria e a prática antes de se formar se sai melhor no mercado."
Mariana Stachiu, coach de carreiras.
Na corrida pela inovação, empresas se voltam para a universidade em busca de jovens talentos capazes de apresentar novas propostas a problemas e levar projetos adiante. A promoção de prêmios para as melhores ideias tem se mostrado uma maneira eficiente de atrair para o mercado aqueles que se destacam na academia. Estudantes que participam desses concursos também saem ganhando. De estágio em uma grande empresa a valores em dinheiro e viagens internacionais, as premiações costumam ser altamente atrativas para quem está no início da carreira.
E os benefícios não se restringem aos primeiros colocados. Ter a iniciativa de buscar concursos, formar equipes, trabalhar ideias com os colegas, cumprir normas de editais e buscar soluções é um excelente exercício para colocar em prática o que é visto na sala de aula e despertar o espírito empreendedor. Seja para trilhar um caminho próprio ou seguir carreira dentro de organizações, o estudante que participa de atividades como essas desenvolve habilidades e competências que precisará quando se formar.
Quem trabalha durante a faculdade e não pode abrir mão do salário para fazer estágio na área da graduação pode aproveitar essas chances para não ficar distante da área escolhida. "Esses projetos podem ser um bom incentivo para o aluno adquirir experiência e fazer contato com grandes empresas sem ter de fazer estágio. Assim, ele tem um complemento da vida acadêmica, aproveita o contato com professores para trocar experiências e melhorar o currículo", afirma a coach Mariana Stachiu, diretora da Potencial Desenvolvimento Humano.
Incentivo
As universidades entendem a relevância dessa prática e costumam divulgar os concursos no site da instituição ou nos murais dos câmpus. Há professores que também estimulam a participação dos estudantes e atuam como consultores no decorrer do desenvolvimento dos projetos. Para o coordenador do curso de Design de Produto da PUCPR, Jaime Ramos, esse apoio tem sido importante para a adesão dos discentes. "Há algum tempo, os alunos não participavam, pois achavam que não tinham chance. Mas hoje existe uma oferta muito grande de concursos o ano inteiro. Ao participar de prêmios menores, eles vão ganhando confiança e experiência para alçar outros voos", conta.
O professor lembra ainda que, mesmo que o estudante tenha boas ideias, não vai a lugar nenhum se guardá-las para si. "A inovação só acontece quando somos capazes de comunicá-la. Quem fica no canto dificilmente será descoberto. A participação em concursos dá credibilidade no mundo profissional a quem ainda está estudando. Geralmente, os que participam são os que conseguem os melhores empregos depois", afirma.
Plataforma ajuda empresa a encontrar as melhores ideias
Uma empresa precisa tomar uma série de decisões e, para encontrar soluções criativas e inovadoras, lança uma delas como desafio para universitários do Brasil inteiro. Essa é a fórmula do sucesso da Battle of Concepts (www.battleofconcepts.com.br), plataforma de inovação aberta para a interação entre empresas e jovens de até 30 anos ou que estejam na universidade. Entre as empresas participantes do método, que oferecem premiações de cerca de R$ 15 mil, estão Mapfra Seguros, Tintas Sascar e Eudora. As 36 batalhas lançadas contaram com a participação de 17 mil estudantes.
Segundo o CEO da Battle, Hans Van Hellemondt, todos os editais ficam no ar cerca de três meses. Ao fim do prazo, todas as ideias são encaminhadas de forma anônima às empresas, que só conhecem os autores das propostas após escolherem as 20 melhores. "Nenhum empresa julga o conceito pelo perfil ou experiência do estudante ou por onde ele mora. Apenas o conceito é julgado. Além do prêmio em dinheiro, os estudantes selecionados costumam visitar a empresa e conhecer seus diretores", conta.
O estudante do 3º ano de Marketing da PUCPR Willian Andrade de Paula, 24 anos, resolveu participar depois que a coordenação do curso enviou um e-mail convidando a todos os alunos. Escolheu a batalha da Votorantim Metais e ficou entre os 20 melhores conceitos. "Era para elaborar uma estratégia que unia a área do agronegócio e da saúde humana, assuntos fora da minha temática. Como o edital traz várias informações, consegui fazer o trabalho e foi uma surpresa a minha colocação", conta o jovem, de olho em novas batalhas.
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