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Incubadora dá fôlego a "negócios universitários"

Reuniões periódicas contam com a presença de membros das empresas incubadas e de dirigentes da Agência de Inovação | Marcos Borges / Gazeta do Povo
Reuniões periódicas contam com a presença de membros das empresas incubadas e de dirigentes da Agência de Inovação (Foto: Marcos Borges / Gazeta do Povo)

Com exceção dos estudantes ligados às áreas de Administração e Economia, são raros os universitários que recebem formação sólida na faculdade para gerir um negócio. Visando suprir essa carência, algumas universidades contam com incubadoras de empresas, uma espécie de suporte para iniciativas empreendedoras que surgem na comunidade acadêmica. Os jovens empresários contam com assessoria contábil, financeira, jurídica e até espaço físico para trabalhar durante os primeiros anos de existência.

No entanto, não basta ter uma ideia original para ser aceito em uma incubadora. Em geral, somente projetos inovadores, frutos de pesquisa científica ou ligados ao desenvolvimento tecnológico é que são aprovados em um processo de seleção que inclui adequação a um edital e banca avaliadora.

A incubadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), vinculada à Agência de Inovação da instituição, possui hoje oito empresas incubadas e oito em estágio de pré-incubação, fase em que as iniciativas são adaptadas para ganhar viabilidade. Segundo a coordenadora de Empreendedorismo e Incubação da agência, Eliane Cordeiro Duarte, a incubadora é destinada exclusivamente ao público interno, incluindo professores, alunos, egressos e pesquisadores. Mesmo assim, há empresas residentes e não residentes, ou seja, algumas não estão na capital e nem usam as dependências da UFPR, mas são chanceladas pela instituição.

Exemplos

Para a Biogenomika, empresa que trabalha com soluções em biotecnologia voltadas ao agronegócio, o suporte oferecido pela universidade é essencial. "Atuamos numa área muito cara, então, a possibilidade de usar os equipamentos e a tecnologia da UFPR é o que nos permite desenvolver o trabalho", conta a gerente comercial da empresa e doutora em Engenharia Florestal, a bióloga Paula Rachel Rabelo Correa. As pesquisas da Biogenomika são feitas no laboratório de microbiologia da UFPR, localizado no Centro Politécnico.

No caso da Imunova: Análises Biológicas, foi a segurança oferecida pela tradição científica da universidade que motivou a criação da empresa na incubadora. "Este processo viabiliza a prospecção de novos mercados sem os riscos de se abrir uma empresa a partir do zero", diz Celso Fávaro Júnior, sócio-fundador da empresa, que trabalha com pesquisas para a indústria veterinária. A empresa tem pouco mais de um ano de existência, 11 sócios e usa três laboratórios da instituição.

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