Custo
Confira os valores das mensalidades das instituições particulares do Paraná:
- Universidade Positivo: R$ 2.990- PUCPR: R$ 3.270- Fepar: R$ 2.315- Faculdade Assis Gurgacz (FAG) : R$ 3.760- Faculdade Ingá (Uningá ): R$ 3.476
Perfil
Para ser médico e se dar bem na profissão não basta querer. Confira quais são as características necessárias para quem quer fazer Medicina:
- Gostar de estudar.- Ter curiosidade científica para estar sempre se atualizando. - Gostar de pessoas e de se relacionar com elas, pois o tratamento depende também da boa relação com o paciente;- Ter visão humanista.- Não se importar em deixar o lazer de lado para estudar, durante o curso, ou atender os pacientes, depois de formado.- Ter um alto nível de exigência com seu estudo e trabalho, pois pequenos erros podem prejudicar pessoas.- Saber que o glamour e o status ainda existem na profissão, mas que eles só acontecem para os profissionais que gostam e fazem o trabalho benfeito. - Ser competitivo, no sentido positivo, porque ao longo da carreira o médico vai enfrentar provas e seleções concorridas. - Saber se colocar no lugar das pessoas e entender o sofrimento delas.
Fontes: Emilton Lima Júnior, coordenador de Medicina da PUCPR, Nicolau Gregori Czeczko, professor de Clínica Cirúrgica da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), Edison Luiz Tizzot, coordenador do curso de Medicina da UFPR.
Passar no concorridíssimo vestibular é só o começo para quem quer ser médico. Depois vêm as horas e mais horas de estudo durante os seis anos de curso, a peneira da residência e a colocação no mercado de trabalho. Mas quem realizou ou está prestes a realizar esse sonho garante: tudo vale a pena
A concorrência acirrada para conquistar uma vaga no vestibular não deixa mentir: Medicina ainda é o sonho de muitos estudantes. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR) todo ano são mais de 6,5 mil candidatos tentando uma das 176 vagas. Em universidades paulistas, como a Universidade de São Paulo (USP), a concorrência passa, facilmente, dos 150 por vaga. Mas quem tem o sonho de ser um "doutor" não desanima, nem que tenha de ficar anos no cursinho para conseguir entrar.
Para os profissionais que já passaram por isso, essa busca muitas vezes está relacionada a um desejo de infância e ao alto valor que a sociedade dá à profissão. Sem falar na sensação de gratificação ao salvar uma vida. Porém, vencer a concorrência e conquistar uma vaga não é nada fácil. Hoje, segundo uma estatística informal feita pelos professores do Curso Dom Bosco, um vestibulando de Medicina leva cerca de três anos para entrar na faculdade. Lucian Maschio, 18 anos, é exemplo disso. Neste ano ele vai tentar vestibular pela terceira vez. Fez terceirão em 2009, semi-extensivo em 2010 e agora faz o extensivo. E apesar de todo o sacrifício, não pretende desistir do seu sonho de infância.
Quem pensa, no entanto, que a pedreira acaba quando o estudante vê seu nome na lista dos aprovados, está enganado. Durante o curso a rotina é dura e envolve muito estudo, dedicação e renúncia. "A ideia de que o curso é puxado é bem real. Ser médico exige do aluno muitas horas de estudo, inclusive de madrugada. Além disso, requer que ele desenvolva uma postura firme diante da vida porque, afinal, vai lidar com ela todos os dias", diz o coordenador do curso de Medicina e professor de Cardiologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Emilton Lima Júnior.
Durante as 16,8 mil horas ao longo dos seis anos de graduação (é o curso mais extenso entre todos), o acadêmico transita entre salas de aula, laboratórios e hospitais, sempre em período integral. Sem falar nas horas de estudo em casa e nas atividades de extensão. Para dar conta de tudo, o calendário de Medicina costuma ser diferente do de outros cursos. Na UFPR, por exemplo, as atividades começam antes, o que faz com que os estudantes tenham dez meses de aula, contra os oito dos colegas de outras graduações. Por isso quem opta por essa carreira deve levar em conta que terá de deixar, muitas vezes, a vida social de lado.
Estudante do quinto ano da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), Carolina Talini está sentindo esta correria na pele. "Eu sempre me dediquei muito porque sei que a responsabilidade é grande, que não dá para errar com o paciente. Tempo livre eu quase não tenho", conta. Outra dificuldade que ela aponta é o volume de informações de cada disciplina e a quantidade de detalhes que tem de aprender e memorizar.
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