Para o professor Rivail Vanin de Andrade, o mercado de trabalho voltado à mobilidade está em expansão| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Visões distintas para um desafio

Quem tem interesse pelo setor de transportes, busca um curso superior e está na dúvida entre Arquitetura ou Engenharia deve conhecer as diferenças existentes na prática dessas áreas.

Segundo o professor Rivail Vanin de Andrade, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo, os arquitetos trabalham mais focados no espaço urbano, a partir de uma visão mais ampla de mobilidade. Na implantação de um metrô, por exemplo, são eles que definem por onde a linha deve passar. Já os engenheiros, especialmente os especializados em tráfego e transportes, lidam com situações relacionadas ao fluxo de passageiros e métodos para solucionar problemas pontuais.

Trabalho

Em relação ao mercado de trabalho para os próximos anos, Andrade é otimista. "O número de pessoas que precisa circular pelas vias públicas cresce cada vez mais e isso exigirá mais profissionais pensando no problema", diz. Além dos órgãos públicos, o professor lembra que em grandes projetos, como o do metrô, é comum a contratação de empresas privadas de assessoria técnica, em que arquitetos e engenheiros também podem atuar.

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Falar em mobilidade urbana está em alta nas grandes cidades, especialmente nas capitais brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014 – e Curitiba é uma delas. A implantação do lendário metrô e as constantes manifestações exigindo que a malha cicloviária curitibana seja ampliada atraem as atenções de muitos estudantes, principalmente daqueles que pretendem ir além do debate e agir como profissionais na área.

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Na capital paranaense, as principais entidades responsáveis pela gestão e pelo planejamento viário e de tráfego da cidade são o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). Naturalmente, as duas entidades são as que mais empregam profissionais interessados pelo setor.

Segundo o engenheiro civil e assessor técnico do Ippuc José Alvaro Twardowski, no que diz respeito à mobilidade urbana, a principal diferença entre os dois órgãos é: enquanto o Ippuc trabalha com o planejamento mais amplo da cidade, a Urbs gerencia o transporte e o trânsito, atuando de forma mais pontual.

Todas as grandes obras que afetam a circulação de pessoas na cidade são criadas e desenvolvidas dentro do Ippuc. Na equipe técnica, engenheiros civis e arquitetos urbanistas são a maioria, mas muitos projetos exigem o trabalho conjunto de profissionais das áreas de informática, engenharia elétrica e eletrônica. A implantação de novos semáforos ou radares são exemplos dessa atuação coletiva.

Gestão

Na Urbs, a variedade de profissões que atuam diretamente com a mobilidade urbana é ainda maior. Além dos sempre presentes arquitetos e engenheiros, os trabalhos também são desempenhados por especialistas em gestão pública, administradores e até pedagogos, responsáveis por um setor dedicado exclusivamente à educação no trânsito.

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De acordo com a gestora do Departamento de Gestão de Pessoas da Urbs, Ana Cristina Moro Milléo, contratações por concurso público na empresa de economia mista seguem uma frequência quase anual – sempre com vagas para quem possui curso superior. Além dessa forma de acesso, há grande oportunidade de estágios, o que também ocorre no Ippuc.

Com a recente criação da Secretaria de Trânsito em Curitiba, novas vagas deverão ser criadas no setor público. O universitário que deseja contribuir para a melhoria da circulação de pessoas e veículos na cidade deve ficar atento.