NÃO PERCA TEMPO!
Melhorar a performance como leitor não é complicado, mas requer disciplina e dedicação. Confira as dicas dos especialistas entrevistados:
>> Filtro. Se estiver lendo em sites que não foram indicados pelo professor, filtre o que está escrito. Se o papel aceita qualquer informação, o risco de se deparar com informações erradas e absurdas na internet é potencializado.
>> Repertório. Quanto mais lê, mais desenvolvida é a habilidade de leitura, que também depende da experiência prévia de cada leitor e da capacidade que ele tem de fazer conexões entre o que é lido com os conhecimentos já adquiridos.
>> Leia antes, grife depois. Destacar ideias ou frases ajuda na fixação. Com um texto, faça uma leitura geral, para ter uma visão de tudo o que é exposto, e volte em seguida para selecionar as informações mais importantes. Faça perguntas a você mesmo sobre as ideias principais.
>> Copie e cole. Separe trechos para revisar depois. O registro pode ser feito em um caderno ou em um arquivo de texto no computador. É importante organizar os conteúdos com os dados bibliográficos, separando-os por assunto.
>> Memorização. Evite ler com a intenção de memorizar. Leia procurando entender cada parágrafo e tenha por perto, ou na janela minimizada, um bom dicionário. Ao ler, se pergunte sobre a intenção do autor, que questões são abordadas e qual a conclusão.
>> Foco. Ao ler pela internet, cuide para não se distrair com outros recursos disponíveis. Pular de janela em janela ou dar espiadinhas em e-mails e redes sociais tomam tempo e atrapalham a concentração.
>> Busque conforto. Jogar-se na cama com um livro na mão pode funcionar para algumas pessoas, mas outras têm dificuldade de fazer o mesmo com um tablet. Procure um local adequado, iluminação favorável e tenha períodos de descanso durante a leitura.
>> Aproveite o potencial de cada ferramenta. Um tablet ou computador pode cansar a vista depois de algum tempo de leitura, mas eles oferecem a vantagem da ferramenta de busca de palavras. O livro impresso não requer energia elétrica, memória ou modem, mas alguns deles podem pesar muito para serem carregados.
Livros, iPad, atas, internet, cadernos, e-books e até mesmo celulares podem ser fontes de informação a universitários. Mesmo diferentes entre si, todas essas ferramentas têm uma característica em comum: apoiam-se na leitura como forma de aquisição de conhecimento. Não importa o título que o estudante busca. Pilhas de papel e incontáveis bits para ler são comuns em praticamente todas as disciplinas.
É grande o desafio do estudante de manter a leitura em dia. Além disso, é provável que haja momentos em que é preciso ler muito em pouco tempo. Eis uma armadilha. "Existem muitas maneiras de se fazer uma leitura, mas não dá para fazer com rapidez. Ler de forma rápida não permite a entrega ao texto", diz a educadora Nuria Pons Vilardell Camas, professora de Metodologia e Pesquisa Educacional da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Conhecer os meios de informação para tirar proveito de cada um deles é recomendável, mas os princípios da leitura são os mesmos para qualquer plataforma seja um manuscrito do século passado ou uma nota escrita em um tablet. A postura do leitor deve mudar conforme seu objetivo. Nos estudos, a leitura ser focada e com comprometimento para que o conteúdo seja absorvido.
Compreensão
"Não adianta só ler. Tem de compreender. A leitura por si só não fica; é como assistir ao noticiário da tevê, dali a pouco você já esqueceu parte do que foi mostrado", diz a professora de Pedagogia Verônica Branco, mestre em Alfabetização e doutora em Educação. Disciplina é a palavra-chave para a leitura. Entram em jogo adotar um horário para ler, escolher um local adequado e estar disposto, segundo o pedagogo Ricardo Antunes de Sá, professor do Setor de Educação da UFPR.
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