Comunidade
A comunidade também ganhou a atenção dos empresários maringaenses. Alguns solicitaram que temas sociais fossem pesquisados nas faculdades, como a violência e a criminalidade na cidade. Uma das propostas sugere a identificação de medidas preventivas para reduzir ocorrências e outra estimula estudo sobre a eficácia do monitoramento por câmeras de segurança, dos cofres boca-de-lobo no comércio e dos biombos nas agências bancárias. A inclusão de pessoas com necessidades especiais também entra no rol de pesquisas. A ideia é avaliar os resultados do processo de inclusão educacional.
Propostas percorrem várias áreas do conhecimento
O Centro de Inovação de Maringá (CIM) também lançou um desafio aos estudantes: desenvolver um software que catalogue todos os TCCs desenvolvidos a partir de agora na cidade e sirva como uma biblioteca virtual. Seguindo a linha tecnológica, o Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest) propôs o desenvolvimento de um aplicativo que colete informações dos funcionários para auxiliar no entendimento das necessidades de melhorias de trabalho. "Ainda encontramos muita dificuldade em aproveitar efetivamente o conhecimento acadêmico dentro das empresas. Acreditamos que este projeto será um mediador entre a universidade e as necessidades das indústrias de confecção", comenta a gerente do Sindvest, Rosângela Corrêa. (GF)
Estimular trabalhos criativos que desenvolvam soluções para problemas de empresas e da comunidade. Essa é a ideia do Centro de Inovação de Maringá (CIM), entidade privada do Norte do Paraná, que criou um projeto destinado aos formandos das faculdades da cidade. A proposta é de que trabalhos de conclusão de curso (TCC) abordem temas sugeridos pelo projeto e lancem ideias inovadoras no mercado. Como recompensa, os alunos recebem bolsa de R$ 500 durante seis meses, totalizando R$ 3 mil.
Os 200 temas propostos, explica o secretário-executivo do CIM, José Leonardo Quintino, foram lançados por empresários maringaenses patrocinadores do projeto e são pertinentes aos anseios das instituições. "Nem sempre a empresa dispõe de técnicas para desenvolver soluções ou lidar com problemas sociais que atingem a qualidade do trabalho. Portanto, o estudante poderá ofertá-las. Além da bolsa, tem a chance de empreender e garantir até uma vaga na empresa."
Para tornar a ação atrativa aos estudantes, o projeto não foi vinculado a associações estudantis e não está limitado a algumas áreas do conhecimento. A única exigência é que o aluno esteja no último ano do curso. Embora não haja cobrança das faculdades, Quintino garante que as instituições têm estimulado as inscrições.
Uma das ideias centrais do projeto é fazer com que os trabalhos acadêmicos sejam reconhecidos. Nem todas as faculdades conseguem catalogar monografias e produtos obtidos com a finalização do curso. Segundo levantamento do CIM, cerca de 5 mil TCCs são entregues anualmente em Maringá. "A maioria, para não dizer todos, se perde sem que a comunidade tome conhecimento", enfatiza Quintino.
Inscrições abertas
As inscrições seguem até 11 de abril. Os trabalhos serão avaliados por uma banca de professores que escolherá 34 projetos. As bolsas começarão a ser pagas em maio.