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A equipe daPolytecké formada por Raisa Jakubiak, Valquiria Monteiro, André Sionik e Fábio Rahal. | Antônio More / Gazeta do Povo
A equipe daPolytecké formada por Raisa Jakubiak, Valquiria Monteiro, André Sionik e Fábio Rahal.| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Nas mãos ou na web

Apesar do incentivo de colegas e professores, os leitores da Polyteck encontram dificuldade para encontrar a revista nos câmpus, já que não há as datas fixas para a impressão e a distribuição da publicação. Para aqueles que ainda não conseguiram um exemplar, os autores da Polyteck informam que todo o conteúdo publicado na versão impressa também está disponível no site da revista (www.polyteck.com.br), sem custo algum. Aos que fazem questão de ter a revista em papel ou distribuída em sua universidade, André Sionek coloca-se à disposição para conversar sobre meios para viabilizar a entrega. Interessados podem enviar mensagens para contato@polyteck.com.br.

O contato com a cultura acadêmica interdisciplinar dos Estados Unidos, durante intercâmbio em 2012, fez com que André Sionek, 23 anos, retornasse a Curitiba com a ideia de estreitar a comunicação entre os universitários brasileiros. Reuniu um grupo de amigos e, juntos, fundaram a Polyteck, uma revista gratuita de ciência e tecnologia que circula pelos câmpus da capital. O objetivo é compartilhar com outros estudantes os benefícios de um diálogo mais frequente e aberto entre áreas diferentes do conhecimento.

O estudante de Física da UFPR não ficou admirado apenas com a infraestrutura invejável dos câmpus americanos ou por conhecer alguns dos melhores professores do mundo. O fácil acesso a pesquisas de outras áreas e universidades e a abertura ao debate de ideias entre os estudantes fizeram com que Sionek conhecesse uma realidade diferente da encontrada no Brasil, onde há pouco contato e parece haver um isolamento entre alunos e pesquisadores de departamentos e cursos distintos.

"Nos Estados Unidos, eu vi jornais universitários com tiragem diária de 8 mil exemplares. Pensei em criar algo parecido, mas com foco específico em ciência", conta Sionek, que teve o intercâmbio financiado pelo programa Ciência sem Fronteiras.

A Polyteck pretende, por exemplo, estimular colegas da Física a lerem algo sobre Biologia ou colocar futuros engenheiros em contato com novidades da Química. Para Sionek, essa mistura de conhecimentos é fundamental no desenvolvimento científico e está em falta por aqui. "Tinha de ser algo que colocasse os estudantes em contato com assuntos interessantes que não aparecem em suas ementas", diz.

Dinâmica

Na prática, o que a pequena equipe da Polyteck faz é ler revistas científicas internacionais de diferentes áreas, selecionar assuntos de interesse interdisciplinar e escrever sobre elas em linguagem jornalística. A primeira edição saiu em setembro de 2013 e, desde então, 10 mil exemplares são impressos por mês e entregues de mão em mão em câmpus de universidades de Curitiba, como o Centro Politécnico da UFPR, UTFPR, PUCPR e Positivo.

A recepção à revista tem sido boa. Um exemplo disso foi o apoio assumido por 226 universitários, entre fevereiro e março, em uma campanha de arrecadação de fundos pela internet. Embora o total de R$ 9 mil tenha ficado distante da meta ousada de R$ 62 mil, esse reconhecimento animou a equipe da Polyteck, que fala em expansão. O plano é chegar às principais universidades do país até o final deste ano.

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