Em assembleia realizada nesta quinta-feira (13), os professores das Faculdades Integradas Espírita optaram por não assumir a administração da entidade, conforme proposta apresentada na semana passada por um grupo de professores e pelo sindicato da categoria. O plano chegou a ser aceito pela mantenedora da faculdade, mas a maioria dos docentes considerou que a medida colocaria em risco os ganhos trabalhistas aos quais os profissionais teriam direito, caso a penhora dos bens ocorresse no início deste ano.
Na assembleia anterior, realizada no dia 7 de fevereiro, os professores participantes chegaram a indicar o professor Ivalino Garcia como diretor-geral e traçaram os planos iniciais para que a faculdade continuasse a funcionar por mais um ano, até que os alunos formandos concluíssem seus cursos. O Instituto de Cultura Espírita do Paraná, mantenedora da faculdade, aceitou a indicação do nome e, por meio de uma portaria publicada em 10 de fevereiro, o nomeou oficialmente como novo diretor.
A assembleia desta quinta-feira, no entanto, foi disputada entre o grupo de professores que deseja prolongar o funcionamento da instituição por mais um ano, assumindo a administração, e o grupo que exige o fim imediato das atividades, com a consequente penhora de bens para o pagamento de direitos trabalhistas. De acordo com Valdyr Perrini, vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpes), a votação ficou em 17 a 15, com vitória do grupo contrário a assumir a instituição.
Na quinta-feira, antes da assembleia, em conversa com a reportagem, Garcia disse que os cerca de 150 alunos que permaneceram vinculados à instituição seriam recebidos na segunda-feira (17) para o início do ano letivo, que ocorreria com professores temporários. A decisão da assembleia dos professores, no entanto, deixa incerto o retorno.
Nesta sexta-feira, uma reunião com início às 17 horas entre a mantenedora, a direção geral da faculdade e o Ministério Público deveria definir a situação da instituição. Até às 20 horas, no entanto, a reportagem não obteve retorno dos representantes das instituições.
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