Para quem só conhece as feições de um morcego por fotografia, tocá-lo pode causar uma sensação controversa de espanto e encanto. E o que dizer dos truques de mágica revelados com explicação baseada na Química e na Física? Essas descobertas de um mundo desconhecido são feitas diariamente no Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o segundo maior museu de Ciências da região Sul do Brasil e o maior do Paraná.
A ideia saiu do papel em 1985, a partir de um projeto de extensão, com o intuito de integrar a universidade, a educação básica e a comunidade. Quase três décadas depois, com 2 mil metros quadrados, o local permanece cumprindo seu objetivo. Todos os dias, quase 300 pessoas passam por lá. São alunos e professores vindos de todas as regiões do Paraná e até de outros estados. Visitas de pesquisadores estrangeiros das áreas de Biologia e Zootecnia também são constantes.
O espaço é composto por ambientes educativos relacionados à Astronomia, Anatomia, Botânica, Zoologia, Física, Matemática e Química, além de laboratórios para experimentoteca, ludoteca, inclusão digital e espaços reservados para exposições temporárias, trocadas, em média, duas vezes por mês.
Estímulo
Durante o calendário escolar, os colégios agendam horários e, geralmente, seguem um cronograma de atividades. Durante as férias, a rotina muda. O Mudi fica aberto à comunidade, sem necessidade de marcar horário. Basta chegar e aproveitar as novidades da semana. É quando a garotada se diverte sem horário marcado para ir embora.
Na última semana de junho, por exemplo, a gincana Detetives da Ciência em que os visitantes se tornaram "cientistas" para desbravar o museu atrás de pistas sobre fatos científicos atraiu mais de 100 crianças. Muitas delas voltaram no dia seguinte, garante a coordenadora do Mudi, Débora Santana. "Essa é a nossa intenção. Oferecer atividades diferenciadas que instigam e que geram interesse em uma nova visita, o que ocorre frequentemente", diz ela.