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Estudantes do curso de Letras Português-Inglês da UTFPR fundaram em 2012 o Drama Club. | Antonio More / Gazeta do Povo
Estudantes do curso de Letras Português-Inglês da UTFPR fundaram em 2012 o Drama Club.| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

Atualização

Para quem se formou há algum tempo, mas pretende continuar os estudos, participar de um grupo de discussão pode ser um bom modo de se inserir no meio acadêmico. "É um espaço de contato com professores e alunos que já estão na pós-graduação. Muita gente procura os grupos antes de fazer um projeto mais consistente", diz o professor Jelson Oliveira, referindo-se aos candidatos a uma vaga no mestrado em Filosofia. A necessidade de atualização é outro motivo que leva inclusive doutores a participar dos debates. É o caso de Mário Alencastro, participante do grupo sobre a obra de Hans Jonas. "Jonas foi o foco da minha tese e é ótimo conversar com quem compartilha desse interesse", diz. (JDL)

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Debates fazem parte da rotina acadêmica e cada aluno tem preferência por temas específicos. Para alguns estudantes, o gosto pela troca de ideias é tão estimulante que leva à criação de grupos de discussão independentes da grade curricular. A participação torna-se totalmente voluntária, não há provas e os jovens unem-se pelo prazer de conversar sobre um autor específico ou sobre uma temática que virou hobby.

Esses grupos são mais comuns na área de Humanas, mas qualquer tentativa de padronizá-los com conceitos estritos é imprecisa. Vários deles são informais, com reuniões ocorrendo quando e onde os membros puderem. Outros são reconhecidos formalmente pelas instituições, embora mantenham sua essência de participação voluntária.

Uma iniciativa com esse perfil é orientada pelo professor Jelson de Oliveira, do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Trata-se de um grupo de 20 participantes que, há quatro anos, dedica-se ao estudo das obras de Hans Jonas, filósofo do século 20 que fala do uso responsável da técnica diante da natureza. "Temos alunos da PUCPR, gente que já se formou, profissionais liberais etc. Ninguém tem obrigação de vir, mas a maior parte é bem assídua", conta.

A estrutura dos encontros é simples, inclui leitura de textos e discussão. Eventualmente, alguém lê o material em casa e faz uma apresentação do conteúdo aos colegas. Os mais engajados aproveitam a oportunidade para escrever artigos sobre o tema e pleitear publicações em revistas acadêmicas.

Política

Também partindo de uma tendência filosófica, o More+ reúne amigos de diferentes instituições de ensino interessados em falar sobre política. O nome é uma homenagem ao filósofo inglês Thomas More, embora o estudo de sua obra não seja o foco do grupo.

Quase sempre, o objeto das discussões são ações políticas atuais analisadas à luz de algum pensador histórico. Entre os participantes há estudantes de Pedagogia, Teologia, Letras e História. As reuniões ocorrem em lugares públicos ou na casa dos participantes. "Não existe um perfil específico para participar. Basta se interessar pelo assunto e respeitar a opinião de todos, mesmo discordando", diz Márcia Flor, estudante de Pedagogia no Centro Universitário Uninter e idealizadora da iniciativa.

Só vale falar em inglêsEstudantes do curso de Letras Português-Inglês da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) fundaram em 2012 o Drama Club. A partir da experiência nas aulas de conversação, eles passaram a organizar encontros para praticar exclusivamente a leitura dramática em inglês. No fim do ano, apresentaram um musical no teatro da universidade, com todo o elenco cantando e atuando somente em língua estrangeira. "Ninguém recebe certificado ou nota por estar aqui. Nós nos reunimos porque gostamos", diz a estudante Mariana Cristina Marino, 23 anos.

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