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Professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) confirmaram em assembleias realizadas nesta segunda-feira a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de maio. A medida provisória que reajusta em 4% o salário dos professores da rede federal, publicada nesta segunda-feira pelo Diário Oficial da União, não foi suficiente para obstruir a ação do movimento.

Segundo o presidente da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), Luis Allan Künzle, a iniciativa da presidente Dilma de substituir o projeto de lei por uma medida provisória deixou a categoria ainda mais revoltada. "Foi uma desrespeitosa manobra para desmontar a greve. O governo não possibilita negociação e acha que vai nos desmobolizar por 4%".

O reajuste estava previsto no acordo feito entre a categoria e o governo federal em 2011 para encerrar a última greve, no mês de agosto. As entidades representativas alegam que, além do aumento, outros tópicos previstos no acordo, como a reformulação da carreira docente, não foram cumpridos pelo Ministério da Educação.

Künzle informou que na quinta-feira está prevista uma aula pública, no pátio da Reitoria, na qual serão expostas as reivindicações da associação e as dificuldades de negociação com o governo.

UTFPR

Os professores da UTFPR optaram pela manutenção de uma assembleia geral permanente, que vai analisar os avanços do movimento enquanto a greve durar. O primeiro encontro da assembleia após a interrupção das aulas deve ocorrer no dia 24 de maio.

De acordo com Ivo Pereira de Queirós, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UTFPR (Sindtuf-PR), espera-se a participação de todos os campus no movimento grevista, mas a adesão dos professores no interior ainda é incerta.

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