Para tentar evitar problemas com os aplicadores das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) investiu na contratação de pessoal de apoio e aumentou em 25% o tamanho da equipe. O MEC já conta com os faltosos e afirma que o planejamento de preparação dessa equipe começou em outubro. Apesar do esforço, há fiscais que não fizeram o treinamento e foram convocados há poucos dias.

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O exame começa neste sábado em 1.615 cidades do País. São esperados 5,7 milhões de inscritos. O exame é usado como processo seletivo para praticamente todas as universidades federais do Brasil, além de critério para concessão de bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni), financiamento estudantil e certificação do ensino médio.

Com o crescimento da importância do exame - que ganhou status de vestibular em 2009 -, estudantes passaram a reclamar ainda mais do despreparo dos fiscais na hora da aplicação. São eles os responsáveis por orientar o preenchimento do exame, fazer valer as regras da prova, tirar dúvidas e agir em caso de detecção de cola.

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Segundo o MEC, vão participar da aplicação 539.919 pessoas, entre coordenadores, fiscais e pessoal de apoio. No ano passado, esse número girava em torno de 435 mil. O aumento reflete o salto de 7% no número de inscritos no exame, mas também a preocupação do MEC de evitar transtornos.

A pasta afirma que a capacitação começou em junho, com curso dado a distância para 35 mil pessoas. Entre setembro e outubro, teria ocorrido a capacitação nos locais que envolveriam também os fiscais de sala e grupo de apoio. A pasta não informou quanto foi investido na capacitação nem quantos profissionais foram capacitados.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que houve convocações nesta semana. Uma professora de educação básica na zona leste vai participar pela primeira vez da aplicação. Foi convidada na segunda-feira. "Preferia ter um cursinho antes, nunca vi uma prova do Enem. Mas acho que na hora a gente se vira", disse ela, que pediu para não se identificar. Ela vai ganhar R$ 150 por dois dias de trabalho. O MEC afirma que ninguém mais está sendo convocado, mas pode haver casos excepcionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.