Além do erro de impressão na folha de respostas da prova deste sábado (6) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o exame tem um histórico de problemas que inclui o vazamento de dados pessoais de inscritos em 2007, 2008 e 2009 no site neste ano, o furto da prova, a divulgação de gabarito errado e alterações de data do exame no ano passado.
Em 2009, o vazamento da prova obrigou o Ministério da Educação a cancelar a prova e a remarcar o exame com dois meses de atraso após ser totalmente refeito. Parte das universidades que usariam o resultado nos processos seletivos desistiram de contar com a nota. Envolvidos no vazamento foram indiciados. O vazamento da prova levou o então presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, a deixar o cargo.
Devido aos problemas, a abstenção na prova chegou a 1,5 milhão de pessoas. A prova de 2009 trouxe ainda questões polêmicas e com problemas, teve a divulgação de um gabarito errado e a anulação de uma questão.
Também em 2009, durante o perído de inscrições, foram relatadas por estudantes dificuldades para acessar o site do exame. Além disso, houve inscritos que foram convocados para fazer a prova em locais distantes de casa.
No início de 2010, o site do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que usa as notas do Enem para selecionar estudantes para universidades federais, travou no primeiro dia de inscrições. Houve casos ainda de estudantes que perderam vagas em instituições após mudanças na lista de espera do sistema. O MEC afirmou que resolveu os casos.
Em março, o ministro da Educação, Fernando Haddad, descartou a aplicação do Enem no meio do ano. Em 2009, o MEC afirmou que trabalhava com a possibilidade de aplicar duas provas em 2010. A data da prova do final do ano, prevista para ser realizada em outubro, teve de ser alterada para novembro, o que novamente causou a desistência do uso da nota por grandes vestibulares, como a Fuvest e a Unicamp.
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