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Material didático

Escolha de apostilas deve ser criteriosa

 | Ilustração: Gilberto Yamamoto
(Foto: Ilustração: Gilberto Yamamoto)

Disponíveis em bancas de jornal, internet, supermercados e até em algumas farmácias, apostilas preparatórias para o Enem, vestibulares e concursos públicos requerem atenção extra do estudante quanto à qualidade do material. Embora sirvam para facilitar os estudos, informações erradas, conteúdo resumido demais e erros de português podem influenciar negativamente o aprendizado.

Segundo a professora Wanda Camargo, presidente da Comissão do Processo Seletivo das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), há basicamente dois tipos de publicações preparatórias. As que apresentam conteúdos que podem cair nas provas, incluindo tendências, e as que se baseiam em provas anteriores para propor exercícios, supondo que a avaliação seguirá o mesmo padrão adotado no passado.

Para Wanda, as apostilas têm valor, mas são de utilidade limitada. "É melhor do que não ler nada, mas jamais irão substituir a leitura contínua de jornais e revistas ou o debate com pessoas de opiniões diferentes", diz a professora, referindo-se a modelos de material que compilam textos de atualidades. O maior problema seria a apresentação de uma única interpretação dos conteúdos, sem se preocupar em explorar causas e consequências em profundidade.

A procedência das informações é outra questão problemática em muitas dessas publicações. Como o número de pessoas que estudam para o Enem cresce todos os anos, o mercado de publicações preparatórias atrai todo tipo de empresa. Nem todas contam com equipes pedagógicas ou especialistas que definam os exercícios e textos a serem incluídos no material.

No entanto, nem tudo que há no mercado é ruim. O professor de Biologia Augusto Adolfo Borba, do cursoDireto, conta que usa em suas aulas textos de uma apostila vendida comercialmente. "O Guia do Estudante, por exemplo, tem questões excelentes. A qualidade depende muito da editora", diz.

Internet

Na internet, há centenas de apostilas em arquivos PDF, feitas de forma caseira, sem autoria. Em alguns casos, o download custa de R$ 15 a R$ 50. Esse material nem sempre é confiável, mas pode ajudar muito. É o que defende Diego Marlon Marcondes, 19 anos, estudante de Letras na FAE Centro Universitário. No ano passado, ele se preparou para o Enem apenas com a ajuda de apostilas baixadas da web. "Elas são fáceis de entender, são objetivas e me ajudaram a alcançar o objetivo desejado", diz Diego, que conquistou uma bolsa de estudos com o desempenho obtido.

>>> Apostilas compradas em bancas de jornal podem ajudar o estudante a se preparar para o vestibular? O que mais conta nesse processo? O material didático, o contato com professores ou a força de vontade do aluno? Dê a sua opinião!

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