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Milena fala inglês e espanhol, mas optará pelo segundo idioma. | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Milena fala inglês e espanhol, mas optará pelo segundo idioma.| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

As diferenças entre as línguas portuguesa e espanhola são poucas, mas esse pouco faz toda a diferença, afirma o professor de Espanhol Omar Prado, do Expoente. "É isso o que é cobrado", acrescenta. Segundo o professor, os termos heterossemânticos, também conhecidos como falsos cognatos, estão entre as principais armadilhas para os candidatos. Eles são palavras com grafias semelhantes em português e espanhol, mas que apresentam significados bem diferentes.

Alguns dos falsos cognatos mais famosos são "exquisito" (gostoso), "embarazada" (grávida) e "apellido" (sobrenome). "Esses termos quase não estão mais caindo, os vestibulares cobram outros menos usados. Na Federal, caiu há algum tempo a palavra presunto, que significa provável, suspeito", exemplifica. Omar se refere a um texto cobrado em 2008 na UFPR, cujo título era "Moreno: incendian la casa de un presunto asesino" ("Moreno: incendeiam a casa de um suposto assassino").

O professor destaca que não são apenas as palavras heterossemânticas que enganam. Os candidatos também devem ficar atentos aos termos que apresentam gêneros diferentes nas duas línguas. Em espanhol, por exemplo, leite é um substantivo feminino (la leche). Omar também recomenda o estudo atento do tempo pretérito dos verbos irregulares. "Quando conversamos com alguém, normalmente falamos sobre um fato que já aconteceu, o que também acontece nos textos jornalísticos. Logo, a conjugação de verbos terá incidência no pretérito", diz.

A professora Inêz Gaias, do Positivo, ressalta que é preciso conhecer a estrutura da língua para se dar bem no vestibular. "Às vezes o aluno acha que o espanhol se parece muito com português e no dia da prova vê que não é bem assim. Aparecem nomenclaturas e questões gramaticais muito diferentes", explica. De acordo com ela, o número de alunos que tiveram espanhol no ensino médio tem aumentado significativamente desde a aprovação em agosto de 2005 da Lei nº 11.161, que torna obrigatória a oferta da língua espanhola nessa etapa de ensino.

Aluna do terceiro ano do ensino médio, Milena Morais, 16 anos, tem aulas de espanhol e inglês no colégio desde a 5ª série. Embora fale os dois idiomas, ela optará pela língua espanhola no vestibular. "Faria inglês tranquilamente, mas acho o entendimento do espanhol mais fácil", conta. Como não tem dificuldade com a língua, ela pretende reservar mais tempo durante o ano para o estudo das outras disciplinas.

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