A Região Sudeste teve o maior aumento no número de instituições de ensino superior de 2008 para 2009, mostra o Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (13). O crescimento foi de 21 escolas, passando de 1.069 para 1.090. O Sudeste teve a maior perda de 2007 para 2008, com 26 escolas a menos. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No geral, o Brasil registrou aumento de 2,68% no total de instituições, indo de 2.252 para 2.314. As instituições privadas passaram de 2.106 para 2.069 e as públicas foram de 236 para 245. Nordeste e Sul seguem o Sudeste no registro de maiores incrementos no número de escolas, com 16 novas instituições cada. O Sul tinha 370 e foi para 386. O Nordeste tinha 432 e passou para 448. O Norte registrou oito novas escolas, passando de 139 para 147. A Região Centro-Oeste registrou apenas uma nova escola, incremento de 0,41%, ficando com 243.
De 2007 para 2008, o país havia registrado queda de 1,27% no número de instituições, passando de 2.281 para 2.252. O Norte havia registrado perda de uma instituição. O Nordeste já havia registrado incremento de 2,37%, com dez novas instituições. Sul havia registrado queda de 1,33%, perdendo cinco escolas. No mesmo período, o Centro-Oeste registrou perda de sete instituições.
Números gerais
De acordo com o Censo 2009, as 2.314 instituições de ensino superior do país registraram 5,95 milhões de matrículas em 28.671 cursos de graduação, presenciais e a distância. No total, houve 6,9 milhões de inscrições para esses cursos e um total de 2,06 milhões de ingressos. Os concluintes foram 959 mil.
Em 2009, apenas 117 instituições de ensino superior, 5,1% do total, tinham 2,5 milhões das matrículas na graduação presencial, 48,9% do total. As escolas de pequeno porte, com no máximo mil matrículas, são 1.473, 63,8% do total de 2.314.
Docentes
Segundo o Censo de 2009, o país tem 307.815 docentes. Os vínculos com instituições (funções docentes) são 359.089, o que mostra que muitos estão vinculados a mais de uma escola. Desse total, 340.817 estavam em exercício e 18.272 estavam afastados.
A quantidade daqueles que estavam em exercício cresceu 6% em relação a 2008, sendo que a maior taxa de crescimento foi de doutores, 16%. Os mestres predominam no país, são 36%, seguidos de especialistas, 29% e doutores, 27%.
Enquanto nas instituições públicas os mestres e doutores são 75% do total. Nas particulares, são 55%. Além disso, enquanto 79% dos professores das públicas atuam em tempo integral, nas privadas, 53% são trabalham por hora e 21,5% atuam em tempo integral.
O "típico" docente no país no ensino público é do sexo masculino, tem 44 anos, tem doutorado e atua em tempo integral, segundo o Censo. Nas particulares, é do sexo masculino, tem 34 anos, tem mestrado e trabalha por hora.