A Justiça Federal concedeu nesta quinta-feira (19) liminar que permite à gráfica Plural, vencedora do pregão para imprimir provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, a continuar na licitação.
Segundo a decisão, a juíza substituta da 2ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, Candice Lavocat Galvão Jobim , declara ilegal a decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) de desclassificar a gráfica com base na suposta não comprovação por atestados técnicos de execução de atividade pertinente e compatível com o objeto da licitação.
A juíza determinou o prosseguimento do processo de habilitação da gráfica nos termos do edital do pregão e revogou a decisão dada por ela de suspensão da licitação.
O Inep e a gráfica Plural ainda não informaram seus respectivos posicionamentos sobre a decisão.
Decisão da juíza de 2 de agosto havia suspendido o pregão eletrônico para contratação da empresa que irá fazer a impressão das provas do exame. Na ocasião, a juíza solicitou informações ao Inep sobre os motivos que levaram o instituto a considerar inabilitada a gráfica Plural.
A decisão foi dada após os advogados da gráfica recorrerem por meio de um mandado de segurança para impedir a desclassificação da concorrência. A gráfica Plural ficou em primeiro lugar porque ofereceu o menor preço, R$ 65 milhões, mas foi desclassificada, pois seu serviço foi recusado pelo Inep por não comprovar atendimento aos requisitos de segurança e sigilo na impressão.
Foi na gráfica Plural, na região metropolitana de São Paulo, que alguns exemplares da prova do Enem no ano passado foram roubados, o que provocou o adiamento da data do Enem na época.
Em nota após a primeira decisão da juíza, o instituto disse que "a gráfica Plural participou do pregão eletrônico para a impressão das provas do Enem 2010, mas foi inabilitada porque os atestados de capacidade técnica apresentados pela empresa não atenderam às exigências do edital".
O Inep exige no edital que o vencedor obedeça a regras de segurança, como vigilante a cada 100 metros quadrados, segurança 24 horas em cada um dos acessos, portaria blindada e uniforme diferenciado para os funcionários. As roupas não podem ter bolsos ou compartimentos para guardar objetos.
Pela licitação para a contratação da gráfica que vai imprimir as provas do Enem, o trabalho deveria ter começado no dia 12 de agosto e iria até o dia 27 com o procedimento de pré-impressão do material. Depois, haveria a aprovação do trabalho no dia 28. E no dia 30, finalmente, deveria começa a impressão das provas.
Cerca de 4,6 milhões de estudantes de todo o país se inscreveram para o exame que substitui os vestibulares em muitas universidades, principalmente nas federais.
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