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Formação

Pública ou privada: qual tem o melhor currículo?

 | Benett /Gazeta do Povo
(Foto: Benett /Gazeta do Povo)

A disputa entre os alunos das universidades públicas e particulares é bastante conhecida na vida universitária. Mas quais são os ar­­gumentos? Dizer que uma é mais voltada para a teoria e pesquisa e que as outras só pensam no mercado de trabalho parece muito pouco. Atualmente, as públicas estão mudando suas metodologias e ampliando sua atuação, assim como existem muitas faculdades pagas com ensino de qualidade e que oferecem uma ótima base teórica.

Quem tem amigos em universidades diferentes fazendo o mesmo curso e tentou comparar as disciplinas viu que existem algumas diferenças na formação do aluno, sem que isso represente que um ensino é melhor que o outro.

As diretrizes curriculares dos cursos de graduação são determinadas pelo Ministério da Educação (MEC) e valem para todas as instituições, mas como são bastante gerais, a maneira como cada uma faz o currículo depende da orientação e das prioridades e principalmente do corpo docente, da maneira como os professores guiam os cursos.

Disciplinas

Como as diretrizes são determinadas para todas, as disciplinas obrigatórias dos cursos mudam pouco de um curso para o outro. As diferenças mais significativas referem-se ao período em que disciplina é ofertada, o nome da matéria, a carga horária e a metodologia aplicada. Por isso o grande diferencial na formação complementar dos alunos está na oferta de disciplinas optativas dentro da grade curricular, para que ele possa ter mais opções para direcionar sua formação.

Nas públicas a oferta de optativas é maior e muitas vezes alunos de vários cursos frequentam a mesma turma. Nas privadas não há possibilidade de se oferecer disciplina se a turma tiver poucos alunos, o que faz com que, muitas vezes, elas deixem de ofertar as matérias adicionais. "In­­feliz­men­te é um impeditivo do setor privado. Tentamos incluir nossos alunos em projetos para que eles complementem a formação" afirma Carmem Luiza, pró-reitora de graduação da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Pesquisa e extensão

Uma boa formação universitária depende da integração entre os três pilares do ensino superior no Brasil: o ensino, a pesquisa e a extensão, que devem fazer parte do currículo de todas as universidades, sejam públicas ou privadas. A pró-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Amélia Sabbag Zainko, afirma que o incentivo à pesquisa acadêmica é muito cultivado na instituição e vem da própria formação dos professores.

"Na UFPR acreditamos que uma boa formação não pode acontecer sem pesquisa. Nos­­sos professores são mestres e doutores, pesquisadores em várias áreas e por isso incentivam mais a produção científica de seus alunos, formando novos pesquisadores." Mas isso não é uma regra para todos os alunos, que também fazem estágio supervisionado e participam de projetos de extensão.

Na UTP, a prioridade é desenvolver o potencial empreendedor dos alunos, para que eles possam aplicar os conhecimentos da graduação no mercado de trabalho e em melhorias para a sociedade. "Para isso, contamos com um currículo voltado para a interdisciplinaridade e as atividades complementares de extensão", afirma Carmem.

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