Nem privatização, nem terceirização. Para combater as instabilidades e mudanças que fazem parte da engenharia no setor público, a saída é investir em tecnologia e pesquisa. Esta é a opinião dos entrevistados da websérie do projeto “Uma Nova engenharia para um Novo Brasil”, que teve como tema a “A engenharia no setor público” nesta quarta-feira às 10h15 no Facebook da Gazeta do Povo.
Em contrapartida da opinião pública, que defende a privatização e terceirização de procedimentos para acabar com o sucateamento de empresas e a falta de reposição de quadro após aposentadorias, o presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Clóvis Nascimento, defende que a resposta está para o outro lado.
“Privatizar a engenharia é um risco para a população. A sociedade precisa ter acesso ao que deveria ser coletivo”, enfatiza.
Para o conselheiro e diretor financeiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR), Leandro Grassmann, é essencial entender o conceito e a necessidade de empresas públicas.
“É necessário reverter a visão de que o setor público custa caro, é deficitário, um cabide de emprego. Assim será possível manter empresas fortes, com investimento e desenvolvimento, uma engenharia com autonomia, que inove e proponha soluções”, aponta.
Por meio de projetos em longo prazo que valorizem o conhecimento e capacidade locais, em vez de buscar apenas o lucro, é possível alcançar a engenharia pública ideal.
Clóvis Nascimento e Leandro Grassmann falaram sobre esses e outros assuntos relacionados ao cenário atual e os impactos da engenharia civil no setor público durante a transmissão da web série “Engenharia civil no setor público” nesta quarta-feira às 10h15, neste link . Para conferir a programação completa das próximas webséries, clique aqui.