A corrida por uma trajetória bem-sucedida na carreira começa já na universidade. Ser um aluno dedicado e comprometido com os estudos ajuda a formar bons profissionais, mas para garantir um emprego no futuro, é preciso mais. Há alguns fatores que envolvem o desenvolvimento no mercado de trabalho e as universidades podem auxiliar, e muito, nesse processo.
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As instituições sentem como um grande desafio proporcionar um ambiente estruturado com o processo de formação, não apenas pedagógico, mas também pessoal, de preparação dos alunos para as suas carreiras.
Everton Drohomeretski, pró-reitor acadêmico da FAE Business School, explica que estamos em um novo mercado de trabalho, não apenas pela crise como também pela tecnologia. “A atitude empreendedora, é um dos componentes essenciais para o mercado de trabalho atual. Ela consiste em fazer acontecer. Pegar as ideias, transformá-las em projetos de valor e implantar”, conta.
Para isso, a universidade investe em projetos onde o aluno possa vivenciar a realidade e os desafios. “A instituição tem que gerar a capacidade do aluno experimentar situações reais de trabalho. Não adianta os modelos ficarem apenas no teórico. É necessário saber quais situações vivenciará no mercado de trabalho”, afirma Drohomeretski. Ele cita como exemplo a Expedição FAE, um projeto de inovação com a Hering no qual cerca de 500 alunos da instituição estão envolvidos para gerar uma inovação na marca.
Contato com a realidade
Para muitos alunos, em especial os mais jovens, a universidade representa o primeiro contato com sua futura profissão e também com o emprego. Por isso recai a responsabilidade nas instituições, para que existam formas de apresentar essa nova realidade aos alunos.
O reitor da Universidade Positivo, professor José Pio Martins, conta que há uma infinidade de novas tecnologias que os alunos precisam conhecer. “Existe a nanotecnologia, inteligência artificial, metamateriais, revolução em robôs inteligentes. A experiência do tato e da visão são insubstituíveis. Nós precisamos promover condições para que ele possa ver isso. Se nós não possuímos o que o aluno precisa, buscamos parcerias que mostrem”, afirma.
Aulas práticas, laboratórios e visitas técnicas são outras formas de proporcionar ao aluno o conhecimento do mercado.
É o caso do Núcleo do Jornalismo da instituição onde os alunos vivenciam e aprendem em situações reais. Ítalo Sasso é aluno do terceiro ano de Jornalismo e participa da parceria que a Universidade Positivo tem com o Canal Futura. Sasso e mais uma aluna se dividem na produção de materiais para o canal. “Eles mandam os pedidos de reportagem, de acordo com os quadros e programas e nós dois produzimos”, diz.
Esse é o primeiro contato de Sasso com a prática de sua profissão, que para ele tem sido transformador. “Ainda na faculdade eu tenho a chance de sair da sala de aula e colocar em prática. O tempo todo eu estou em contato com os produtores tendo a oportunidade de mostrar meu estilo de trabalho”, explica Sasso, que escreve, produz, filma e edita todos os materiais. “É ótimo porque conseguimos caminhar por todas as áreas e ganhamos experiência. Quem faz mais de uma coisa, com certeza tem mais chances no mercado de trabalho”, finaliza.
O que o aluno precisa ter?
Além da estrutura que as universidades proporcionam para o desenvolvimento profissional dos alunos, é preciso os acadêmicos se comprometam com sua evolução. “O que eu sempre falo é que eles precisam abrir suas mentes, não se fixarem em uma única coisa e que conheçam as várias opções dentro das áreas”, indica Martins.
A FAE Business School tem o Núcleo de Empregabilidade, onde os alunos criam perfis com suas competências e as empresas parceiras fazem buscas de novos contratos. “Nós trabalhamos no atendimento individualizado, fazendo orientação de carreira. Ajudamos o aluno a compreender qual a área mais adequada, como preparar seu currículo, como se comportar em uma entrevista ou dinâmica de grupo, e, principalmente, de como permanecer no estágio”, diz Drohomeretski.
As universidades têm papel fundamental para fazer o intermédio desse primeiro contato com o mercado, mas é tarefa dos alunos entenderem seus desejos e se manterem curiosos e atualizados. “O jovem precisa de foco no que quer fazer, ter um alvo de linhas de trabalho e conhecer sobre o negócio. Nós temos as redes sociais, os sites das empresas, é possível pesquisar o lugar onde se pretende trabalhar, conversar com pessoas que já estão lá dentro e identificar a cultura da empresa”, orienta Drohomeretski.