Escolher a profissão que se pretende seguir para o resto da vida ainda na adolescência é um desafio para quem ainda não tem informações suficientes e nem mesmo maturidade para tomar uma decisão tão importante nesse momento. Um levantamento feito pelo Portal Educacional sobre o comportamento dos estudantes no momento da escolha da profissão mostrou que pelo menos 18% dos estudantes escolhem o curso de graduação em função da remuneração e a colocação no mercado de trabalho.
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Entre os estudantes consultados, 45% afirmaram receber apoio da família e ter liberdade para definir suas escolhas profissionais. Apenas 5% admitiram que a opinião dos pais tem influência direta em suas decisões.
Para a psicóloga e administradora Salete Cavallari, empresária na SC – Trilha Desenvolvimento Humano e que há muitos anos trabalha na área de gestão de recursos humanos, os profissionais devem priorizar suas afinidades e talentos e buscar apoio para colocar em prática os projetos que vão lhes trazer realização pessoal. “O mercado de trabalho no momento atual pode estar severo e sem muitas oportunidades para os mais jovens e sem experiência, mas está assim também para aqueles que já possuem algum registro de atividade”, comenta.
O universitário Matheus Estevan de Campos Silva, 21 anos, está no último ano do curso de bacharelado em Sistemas de Informação e atualmente trabalha como desenvolvedor.Net na InfoWorker, uma empresa que desenvolve soluções em tecnologia. Entretanto, antes de seguir para a área de Tecnologia da Informação, Matheus cogitou cursar Psicologia, que também o atraía bastante.
Na hora de colocar na balança as duas opções, o mercado de trabalho em alta na área de tecnologia pesou a favor da faculdade de Sistemas de Informação: “Sempre me interessei por tecnologia e fui ligado em informática. Como era uma área muito abrangente e que sempre está em alta no mercado de trabalho, acabei me interessando pelo curso”, relembra.
Depois do contato prático com a área, Matheus diz ter ficado surpreso com as oportunidades que a profissão oferece. “O mercado de TI está sempre evoluindo, é uma área que envolve muitas coisas. Antes de entrar na faculdade eu já tinha algum conhecimento sobre desenvolvimento de software, porém era muito básico. Nunca imaginei que o mercado de trabalho fosse tão grande e com tantas oportunidades”, ressalta.
Salete Cavallari destaca ainda que focar apenas no mundo corporativo pode não ser o melhor caminho e lembra que outras formas de empreender estão surgindo. A atual legislação trabalhista mudou a relação patrão-empregado, flexibilizando as formas de se trabalhar e dando espaço a novos tipos de negócios. “Quando ampliarmos o olhar, poderemos enxergar longe e trilhar novos caminhos. As oportunidades existem para todos, independentemente de quantidade. Mas é preciso saber por onde ir e, quando chegar, manter a trilha”, orienta a psicóloga.