O técnico Adilson Batista admite que a falta de resultados no Brasileiro coloca seu cargo sob ameaça, mas lembra que já havia alertado para as dificuldades do Nacional: “Não é mais o campeonato de presos”, falou, referindo-se ao Paranaense| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Opinião

Perdidos em campo

Depois de fazer a melhor exibição no campeonato contra o Flamengo, o Atlético esteve longe de sua última performance. Escalada com três volantes, a equipe deveria – em tese – apresentar forte marcação para evitar as investidas ofensivas do Figueirense. Não foi o que aconteceu, sobretudo na primeira meia hora de jogo, quando os meias e atacantes catarinenses jogaram livres. Resultado: o Furacão sofreu dois gols em 20 minutos. No segundo tempo, as substituições até postaram a equipe de forma mais ofensiva, mas sem resultar em jogadas efetivas de perigo. Pior: os jogadores saíram de campo dizendo que falta somente "colocar a bola na rede". Falta muito mais. E, ao menos, Adílson Batista mostrou ter consciência disso em sua entrevista coletiva. Já é um começo.

Vinicius Boreki, repórter.

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Não foi dessa vez que o Atlético se reencontrou com a vitória. Um apagão da defesa atleticana permitiu que o Figueirense abrisse dois gols de frente com apenas 19 minutos jogados. Sem demonstrar poder de reação e esbarrando na defesa alvinegra, o Furacão não conseguiu mudar o placar, que travou nos 2 a 0 para o time ca­­tarinense, ontem, em Floria­­nópolis.Com mais uma decepção em campo, o Rubro-Negro já acumula se­­te partidas sem vencer. O último triunfo foi na rodada final do Pa­­ra­­naense, quando bateu o Rio Branco em Paranaguá por 3 a 1, há 50 dias. Desde então, o time comandado por Adilson Batista não sabe o que é vitória. Ainda nas quartas de final da Co­­pa do Brasil, empatou duas vezes. E no Brasileirão, quatro derrotas e apenas um empate.

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O Atlético só não é o lanterna da competição porque o Avaí sofreu mais gols: 17 contra 8. Gols, inclusive, que estão faltando no ataque rubro-negro. Depois de cinco rodadas, só um tento anotado. Situação que tem incomodado o elenco atleticano, que elegeu o ataque como o culpado.

"Chegamos bastante, cruzamos bastante, mas infelizmente não conseguimos colocar para dentro", disse o lateral direito Rômulo. O goleiro Marcio afirmou que o hiato de vitória é devido ao time estar "pecando na hora de fazer gols".

Independentemente de quem tem a responsabilidade, o volante Robston foi bastante enfático após o jogo. "Temos de procurar um jeito de vencer o mais rápido possível, porque do jeito que está, está difícil", resumiu.

Apesar de mais um resultado ne­­gativo, o técnico Adilson Batista se­­gue à frente do banco de reservas, po­­rém admite que a situação começa a se complicar com a falta de vitórias. "Isso é com a diretoria. Tenho consciência do que estou fazendo, mas claro que os números não são favoráveis. Não estou pedindo um tempo maior porque sei como funciona no futebol brasileiro", comentou.

Adilson saiu em própria defesa e lembrou que o nível do Bra­­sileirão é superior ao do Para­­naense. "As dificuldades estão aparecendo e já havia alertado isso antes. Não era mais o ‘campeonato dos presos’ e sim um campeonato diferente."

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