
A Arena está virando inimiga do Atlético. Vinda de Geninho, a conclusão tem ainda mais impacto. Afinal, foi com ele no comando que o clube ganhou o Brasileiro. E foi naquele ano de 2001 que o estádio mostrou toda força que, hoje, parece se voltar contra o próprio time.
"Está ficando muito difícil jogar na Arena. A Arena, que sempre foi a arma do Atlético, está virando a grande inimiga", desabafou Geninho após a derrota de sábado por 2 a 0 para o Operário.
Embora o time tenha criado as melhores chances na primeira etapa, tomou dois gols por falhas de marcação. E aí o estádio veio abaixo. O reflexo foi um segundo tempo sem qualidade, de ansiedade e erros. Um time perdido em campo, ouvindo apupos dos torcedores.
"Você não pode nem criticar a torcida, porque ele está vendo o time não corresponder aos anseios. É uma situação complicada, de um time que não está jogando bem, que quer se recuperar, e que tem a pressão da sua torcida. E aquela mesma pressão nos adversários, quando se transforma em críticas para o time da casa, nem todo jogador consegue assimilar", disse o treinador, antes de seu último recado ao torcedor. "Nossos dois melhores jogos foram fora. Daqui a pouco está ficando melhor jogar fora da Arena, o que é um paradoxo."
Na partida contra o Operário, alguns jogadores pareceram abalados na saída. O zagueiro Flávio, por exemplo, não quis dar entrevistas e passou empurrando quem estava na frente. Já o experiente Paulo Baier tentava mostrar que nem tudo está perdido, com frases do tipo "a vida continua".
Mas foi novamente Geninho quem mostrou o caminho a ser seguido com mais coerência. "Não adianta fazer caça às bruxas, chegar aqui e desfazer tudo só por ter perdido. É um momento de muita cobrança. Muita gente faz e depois paga caro lá na frente, de mudar quatro, cinco vezes o time", disse o técnico.
Exatamente pelo momento difícil, ele espera ver mais atitude de seu elenco e mais compreensão do torcedor. "Na hora boa todo mundo joga. Torcer para time que está ganhando também é fácil. Mas esse é um momento difícil que temos de enfrentar."
Além do discurso, a primeira providência prática no clube será a contratação de um lateral-direito.
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