A esperança do torcedor é sempre por melhores dias. E não foi diferente nessa virada de temporada, apagando algumas frustrações de 2014 enquanto projetava um novo ano de mais realizações.
Pois o tempo de férias se foi, daqui a dois dias a bola começa a rolar no Campeonato Paranaense e o que se viu foi muito pouco, em relação ao que passava na cabeça de cada um que se entrega ao clube de coração.
Mas nem sempre o que se constrói na cabeça do apaixonado torcedor é o que a realidade permite à rotina diária dos clubes. Ele mesmo, longe do calor da arquibancada, endossa a administração com responsabilidade e apoia as exigências que impedem a discrepância no orçamento, a ponto de se propor a gastar bem mais do que a arrecadação permite, engordando dívidas que se arrastam há décadas e que não têm solução sem um aperto de fiscalização. E não se chega lá sem um sacrifício técnico.
E é este o panorama que se vê na largada da temporada, pelo menos para os três grandes clubes de Curitiba. Ainda que cada um deles tenha uma linha de atuação distinta. O Atlético, por exemplo, mantém a política de liberar os titulares para excursão à Europa e amistosos pontuais até entrar em campo oficialmente pela Copa do Brasil. E põe a gurizada para disputar a competição estadual, sem fixar a obrigação de disputar o único título ao qual estaria habilitado. O clube não se importa, a torcida já nem tanto, mas é assim que funciona. E essas experiências servem para revelar um ou outro jogador a ser aproveitado no grupo principal (que não conta com qualquer reforço significativo e sim com duas perdas de titulares fundamentais, Marcelo e Sueliton).
O Coritiba teve um considerável desmanche de seu time titular. Vanderlei, Alex, Robinho, Zé Eduardo e Joel se foram e Leandro Almeida está pela boa para também sair. Verdade que esse time não fez lá grande coisa no ano passado e sofreu muito para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro. Veio um lote de contratações e ainda é muito cedo para permitir uma avaliação do produto final, o que o campeonato estadual se encarregará de fazer.
O Paraná parece ter sido o que melhor se organizou. Em termos, claro, pois ainda se debate para formar uma zaga confiável. Mas montou uma base com jogadores experientes (segurando Lúcio Flávio, Marcos e Cleiton e resgatando Ricardo Conceição) enquanto trouxe outros para fechar a montagem da equipe titular. O objetivo é ser campeão e entrar mais forte na Segunda Divisão nacional, visando ao acesso.
No interior, Londrina e Maringá montaram equipes competitivas; o Cascavel, dia desses, deu um sufoco no Grêmio; e em Ponta Grossa há otimismo com as possibilidades do Operário Ferroviário.
Boas perspectivas, portanto.
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