Nilmar se firma, cada vez mais, como postulante a um lugar no time titular na África do Sul| Foto: Karim Jaafar/AFP
Nilmar comemora gol de cabeça após belo lançamento de Elano
O ex-atleticano Michel Bastos estreou na Seleção. Neste lance, ele desarma com sucesso o inglês Jermaine Defoe
Michel Bastos e Wayne Rooney disputam jogada aérea
Thiago Silva tenta parar por baixo o inglês Darren Bent
Kaká avança sob a marcação do meia Jermaine Jenas
Wayne rooney lamenta a perda de uma chance de gol na derrota do English Team para a Seleção Brasileira por 1 a 0
Nilmar combate Wayne Rooney; Em campo, brasileiro do Villareal superou a estrela do Manchester United e decidiu o jogo no Catar
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Machucado, Robinho admitiu que tem medo de perder a vaga de titular absoluto da seleção brasileira. E pode se preocupar mesmo no que depender do desempenho de Nilmar, seu substituto. Com uma grande atuação, o atacante do Villarreal foi o destaque e o autor do único gol do Brasil na vitória por 1 a 0 sobre uma desfalcada Inglaterra, neste sábado (14), no Qatar, no penúltimo amistoso de 2009. Luis Fabiano ainda perdeu um pênalti.

A exibição diante dos ingleses apenas confirma o excelente momento do ex-colorado. Dos último seis gols marcados pela seleção, entre jogos das eliminatórias e este amistoso, o atacante anotou nada menos que cinco: três contra o Chile, um frente à Bolívia e outro agora.

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Apesar da exibição sem empolgação do time brasileiro, Dunga segue com números invejáveis em partidas contra seleções renomadas. Somente neste ano, venceu Argentina, Uruguai e Itália (duas vezes). Além disso, continua sem perder para campeões mundiais, contabilizando agora oito vitórias e três empates.

O Brasil, aliás, amplia sua invencibilidade contra a Inglaterra. Agora, são 19 anos sem perder. A última aconteceu em 1990, por 1 a 0, em Londres. Neste período, foram quatro vitórias e quatro empates. Na próxima terça-feira, a seleção encerra a temporada em amistoso diante de Omã, em Mascate, com transmissão ao vivo da RPC-TV às 12h30m (de Brasília).

Brasil domina, mas cria pouco

O grande jogo esperado pelos quase 50 mil torcedores que lotaram o Khalifa Stadium não aconteceu no primeiro tempo. Em nítida vantagem técnica pelos inúmeros desfalques da Inglaterra, o Brasil dominou boa parte do jogo, mas sem criar grandes oportunidades com o trio ofensivo Kaká, Luis Fabiano e Nilmar. O último, aliás, o principal destaque da equipe, sempre com jogadas em velocidade pela esquerda.

Os ingleses tentaram surpreender logo no início. O técnico Fabio Capello abriu os meias Wright-Phillips e Milner para jogarem em cima de Maicon e Michel Bastos, respectivamente. Logo aos dois minutos, o baixinho companheiro de Robinho no Manchester City passou pelo ala do Lyon na linha de fundo e cruzou para a área. Rooney chegou atrasado.

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Com a dificuldade de sair pelos lados do campo, a seleção brasileira concentrou seu jogo no talento do ataque. A resposta veio aos dez. Após lançamento longo para a esquerda, Nilmar ganhou a trombada com Upson, disparou e cruzou, mas a zaga cortou. Pelo mesmo setor, Michel Bastos só apareceu para atacar aos 22, quando bateu cruzado de fora da área, à esquerda de Foster. Logo depois, aos 24, foi a vez de Bent subir entre os zagueiros e cabecear por cima.

O ritmo lento do jogo afetou até a torcida. Sem cerveja, os ingleses, famosos por seus cânticos durante as partidas, se mantiveram em silêncio, enquanto os brasileiros arriscaram algumas vaias isoladas.

O Brasil só voltou a criar aos 29, com Luis Fabiano. Ele pegou rebote fora da área depois de um escanteio, driblou um marcador e chutou para Foster fazer boa defesa. Em seguida, aos 31, Kaká recebeu pelo lado esquerdo e chutou com estilo, mas o goleiro inglês segurou mais uma vez.

No segundo tempo, o Brasil permaneceu atacando e chegou ao gol logo no primeiro minuto, usando o "veneno" inglês: as jogadas pelo alto. Logo no primeiro minuto, Elano fez belo lançamento nas costas da zaga para Nilmar. O atacante escapou da marcação e desviou no canto esquerdo, 1 a 0.

A desvantagem fez Fabio Capello mexer no ataque inglês: saiu Bent e entrou Defoe. Mas, antes mesmo que ele pudesse tocar na bola, foi o Brasil que poderia ter marcado novamente. Aos nove, Nilmar aproveitou falha da zaga, ficou com a bola e acabou derrubado na área pelo goleiro. Pênalti! Na cobrança, Luis Fabiano mandou a bola por cima.

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Dunga aproveitou para fazer testes e deu uma chance a Hulk, mas o placar não se mexeu. Agora, o destino é Omã, penúltima parada para a África do Sul. Em março, o Brasil ainda fará um amistoso, sem rival definido, antes da convocação para a Copa.