Tumulto
Entrega da camisa de Lucas causa confusão
O atacante Lucas protagonizou uma confusão logo após o apito final. Com o estádio praticamente vazio, o são-paulino correu em direção à arquibancada do gol de entrada para entregar sua camisa a uma torcedora coxa-branca. Bastou Lucas jogar o uniforme para outros torcedores se aproximarem da garota, tentando tomar o presente. "A menina tinha uns 12 anos e desde o aquecimento ficou pedindo foto, camisa. Fui dar minha camisa e queriam bater nela e no pai dela. Nosso país tem de melhorar muito neste quesito", lamentou o jogador. Seguranças e policiais intervieram para que a menina e o pai pudessem deixar o estádio protegidos e com a camisa do atacante.
Para um tropeço rotineiro, velhas desculpas. Desequilíbrio emocional e reclamação contra a arbitragem voltaram a pontuar as explicações para mais uma partida sem vitória do Coritiba.
"Tínhamos três pontos garantidos e somamos apenas um. O grupo sente porque estava com a vitória na mão, então o abatimento é natural. Falta de controle emocional e concentração levam a uma situação no final do jogo [sofrer gols] que acaba refletindo nos resultados", começou o técnico Marquinhos Santos, em uma reprise do discurso após a derrota para o Sport, antes de incluir no protesto o trabalho do carioca Péricles Bassols Pegado Cortez. "É lamentável falar novamente de arbitragem, mas tivemos um gol impedido que nos tira pontos importantes", prosseguiu.
O abatimento se estendeu à torcida. Boa parte do público deixou o estádio após Osvaldo empatar a partida. Quanto ao apito, Marquinhos foi uma voz isolada do lado alviverde, diferentemente do que ocorrera duas semanas antes, contra o Santos. Naquela ocasião, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade foi aos microfones reclamar de uma falta sobre o zagueiro Escudero no gol da virada santista.
Além da irregularidade no gol Osvaldo está impedido quando recebe o passe de Lucas , houve apenas um momento de grande protesto coxa-branca contra arbitragem. Logo no segundo minuto de jogo, Vitor Ferraz foi parado com falta por Rafael Tolói a poucos metros da área e o árbitro mandou seguir o lance.
O protesto contra o árbitro se repetiu do lado são-paulino. No primeiro tempo, o time visitante já havia reclamado de um pênalti de Vanderlei sobre Ademílson. No fim do jogo, Rogério Ceni encontrou motivos até para protestar contra a clara penalidade sobre Rafinha, convertida por Éverton Ribeiro.
"Exceto o árbitro, que fez aquele gol, o Coritiba nem chegou. Não teve nenhuma situação clara de gol. O São Paulo também não fez muito. Teve duas arrancadas com o Lucas no primeiro tempo e o gol, mas foi melhor que o Coritiba quando teve dez jogadores", analisou o capitão são-paulino.
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