A seleção brasileira terá todo o conforto e luxo possíveis em sua hospedagem na Argentina para a Copa América. O quartel-general que abriga o time de Mano Menezes desde a noite de ontem é um hotel de alto padrão, o Sofitel La Reserva Cardales, a cerca de 60 km de Buenos Aires. Desde a portaria, passando pelo centro de eventos que servirá como sala de imprensa e descendo até os dois campos de futebol, é difícil encontrar algo que mereça reparos. Ao pisar no gramado, porém, uma incômoda surpresa se revela. Lindo de fora, o campo esconde uma camada de água por baixo da vegetação.
Choveu forte na sexta-feira e até ontem o solo estava encharcado. O barro se levantará com a pressão das chuteiras, deixando contados os dias do belo tapete verde ao lado da Ruta 9 estrada que liga a capital argentina ao local. No caso de chuva, como está previsto para a próxima sexta, o campo tende a ficar impraticável.
O primeiro treino da seleção está marcado para a manhã de hoje, quando a comissão técnica avaliará as condições. Exceto a obrigatória atividade aberta ao público que ocorrerá domingo, em La Bombonera, estádio do Boca Juniors , todas as outras antes da estreia, no dia 3, contra a Venezuela, estão programadas para o hotel.
Na preparação para a Copa do Mundo da África do Sul, no ano passado, a seleção também teve problemas com a cancha de treinamento. Adaptada em um campo de rúgbi, a grama começou a soltar e a CBF teve de mudar de local.
Se há essa lembrança do Mundial disputado há um ano sob o comando do técnico Dunga, o esquema de segurança agora é bem diferente do rígido cerco estabelecido em torno da seleção na África.
Apesar de ser um hotel de luxo com diárias entre US$ 460 e US$ 700 (cerca de R$ 740 e R$ 1.120) , longe de uma grande cidade e com suas edificações bem afastadas do muro que cerca o terreno, jornalistas brasileiros, por exemplo, só precisam se identificar verbalmente para entrar na propriedade. O acesso à área comum também não é vedado aos visitantes.
Mesmo para circular pelo terreno, dividido com mansões em torno de um campo de golfe, a segurança não era severa ontem. Tanto que o carro da reportagem da Gazeta do Povo, ao tomar um acesso errado no caminho para os campos, acabou nas ruas do luxuoso condomínio e não foi repreendida por nenhum funcionário.
"Vocês viram a casa do pai do [Carlitos] Tevez?", perguntou o argentino Pablo Andujar, que auxiliava na montagem da estrutura dos campos, deixando claro qual habitação chama mais a atenção dos argentinos em meio a tantas mansões de ricaços anônimos.
Andujar carregava uma das estruturas usadas na montagem da tenda para a imprensa. Enquanto levava as hastes de metal, molhava os pés no piso encharcado.
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