As negociações envolvendo a renovação de contrato do lateral-direito Nei com o Atlético Paranaense continuam em andamento. Faltando duas rodadas para o fim do Brasileirão, a permanência do jogador no Furacão ainda não está totalmente garantida. Parte do problema, segundo o clube, envolve as "regalias" que o empresário do ala, Joseph Lee, conseguiu para outro atleta seu, Marcelinho Paraíba, que renovou há alguns meses com o Coritiba.
"Segue aquele impasse envolvendo o tamanho da valorização para o jogador, mas sinto que está evoluindo. Estou me sentindo hoje mais otimista quanto à renovação. Lá no Coritiba eles conseguiram fazer o clube ceder e, provavelmente, estão tentando o mesmo aqui, com a mesma estratégia. Mas o caso do Nei é outro e aqui as coisas são diferentes", disse o diretor de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho, à Gazeta do Povo.
Do outro lado, Joseph Lee segue afirmando que "não está pedindo nada de outro mundo" ao Furacão. O procurador garante que os valores pedidos estão dentro de uma realidade atleticana, e usa as várias sondagens que Nei teria recebido até agora para justificar a valorização do novo contrato. O agente também espera um acerto para as próximas semanas, já que o lateral já demonstrou interesse em permanecer no Rubro-Negro por mais algumas temporadas.
Entretanto, se não houver uma renovação "amigável", o Atlético ainda tem uma carta na manga para manter Nei em 2010. Assim como a Gazeta já adiantou em outubro, os contratos mais antigos do elenco, ainda da gestão de Mário Celso Petraglia, preveem a opção do clube em renovar automaticamente o contrato por mais um ano, mantendo inclusive os valores de salários e premiações.
Esta alternativa contratual só será usada em último caso, e pode render uma discussão judicial, como já ocorre com Jancarlos, ex-jogador do Atlético. Na ocasião, o lateral não aceitou a renovação automática e conseguiu deixar o clube através de uma liminar. O caso já passou por duas instâncias e o Furacão está próximo de receber cerca de R$ 8 milhões pela rescisão unilateral. O atleta recorreu e a decisão está nas mãos do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
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