Um dia após admitir que Curitiba pode perder a condição de sede da Copa do Mundo de 2014, o secretário estadual para os assuntos relativos à competição, Mário Celso Cunha (PSB), tratou ontem de mostrar mais otimismo quanto à resolução dos problemas com o Atlético.
"O risco que existe é por causa do impasse financeiro, mas acho que vai ter Copa em Curitiba, sim", disse, em contato telefônico com a reportagem da Gazeta do Povo.
A indefinição é motivada pelo dinheiro necessário para a reforma da Arena da Baixada. Há dois anos, a obra foi orçada em R$ 135 milhões, e o Atlético ficou responsável por um terço desse valor. O restante seria bancado graças a uma engenharia financeira criada pelo poder público: o governo paranaense cederia R$ 45 milhões e a prefeitura (via potencial construtivo) mais R$ 45 milhões.
Contudo, novas exigências da Fifa, o aquecimento no mercado da construção civil e a inflação teriam elevado os custos em cerca de R$ 40 milhões.
Esse acréscimo não sairá dos cofres do clube. "Não vamos bancar nada além da terça parte [R$ 45 milhões]", reafirmou ontem o presidente atleticano, Marcos Malucelli. "A posição do Atlético é definitiva", reconheceu Cunha, confiando em uma outra solução a ser debatida nos próximos dias possivelmente envolvendo a iniciativa privada e o governo federal.
Alheio ao risco citado por Cunha, o secretário municipal para assuntos da Copa, Luiz de Carvalho, até se surpreendeu com o temor do colega. "Para mim Curitiba está na Copa. Hoje mesmo [ontem] tive uma reunião para falar dos preparativos", apontou.
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