Entrevista
Willian, volante do Coritiba.
Você acha que está realizando o sonho de todo jogador formado nas categorias de base do Coritiba?
Sem dúvida, acho que é a oportunidade que todos os garotos da base esperam, de poder atuar em jogos importantes assim. Já é um sonho realizado só por ter chegado ao profissional, ainda mais estar em uma final da Copa do Brasil. Não só todos os jogadores da base, mas todos os jogadores do mundo querem participar de um momento desses.
Como estão suas dores no tornozelo? Dá para jogar?
Olha, vim trabalhando com o fisioterapeuta Gustavo Rezende de manhã, depois do almoço e à noite, em três períodos. Não recuperei 100%, mas tive uma evolução muito boa. A avaliação tem de ser total, não adianta ir meia-boca, ainda mais em uma final como essa. Vou fazer o possível e até mesmo o impossível para estar nesse jogo.
O que o técnico Marcelo Oliveira tem conversado com o elenco nos dias que antecedem essa final?
Ele está trabalhando a motivação de entrar para a história do clube. Já entramos, aliás, porque o Coritiba nunca havia alcançado uma final de Copa do Brasil. Essa é nossa motivação. (FR)
Rio de Janeiro - O Coritiba time dono da maior série de vitórias consecutivas na história do futebol brasileiro (24) carrega hoje a responsabilidade de satisfazer uma torcida sedenta por uma conquista de expressão nacional, cuja consequência direta é uma vaga na tão badalada Copa Libertadores.
A partir das 21h50, no Rio de Janeiro, contra o Vasco, em São Januário, a equipe do técnico Marcelo Oliveira abre a primeira parte dos dois duelos na decisão da Copa do Brasil. Após o início de ano avassalador, o grupo alviverde leva todo o peso provocado pela euforia dos fãs para dentro do alçapão carioca.
O discurso do elenco está afinado com o da massa. "O torcedor sonha, e nós jogadores sonhamos também. É uma oportunidade de marcamos nosso nome. Sempre falamos internamente que podem passar vinte, trinta, ou cinquenta anos, que esse título vai estar marcado lá na frente", resumiu o goleiro Édson Bastos, que conviveu com momentos bons e ruins em seus quatro anos de Alto da Glória.
O "fundo do poço" foi o dia 6 de dezembro de 2009, após a derrota para o Fluminense e o rebaixamento no Brasileiro, quando o clube passou por momentos delicados. A ressurreição imediata, entretanto, recolocou o sorriso no rosto dos torcedores coritibanos.
O volante Willian, que há pouco tempo era um deles, poderá viver na pele este cenário de redenção. "É uma experiência que gostaria de dividir com muitas pessoas, é muito bom. Eu tenho identidade muito grande com a torcida e com o clube, no qual estou há 12 anos. Estou muito feliz com esse momento", contou o jogador, que deve ser, mais uma vez, o substituto de Leandro Donizete, lesionado.
Nesta temporada o "reserva" já atuou cinco vezes a mais que o titular da posição.
A importância do momento coxa-branca também é explicada em números. O meia Tcheco, o mais experiente do elenco, tinha nove anos quando o clube levantou seu único título brasileiro, em 1985. Entre os titulares de amanhã, por exemplo, Lucas Mendes, Willian, Jonas e Anderson Aquino nem sequer eram nascidos.
Responsabilidade a mais para terminar com o hiato de conquistas relevantes. "Está todo muito feliz por ter uma oportunidade dessas nas mãos. Estamos alegres, sabendo da responsabilidade, sabendo o que a torcida espera da gente, o que o clube espera também", disse o atacante, respaldado por seu comandante.
"Os jogadores são muito conscientes e profissionais. Certamente eles têm o entendimento do quanto vale essa decisão para a torcida. Não chegamos por acaso e vamos lutar muito [pela taça]", concluiu o técnico Marcelo Oliveira.
Ao vivo
Vasco x Coritiba, às 21h50, RPC TV, Band, ESPN Brasil, SporTV e na Rádio 98 FM (98,9).
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