Amizade, amizade, negócios à parte. A frase precisa ser levada ao pé da letra neste fim de semana se os técnicos de Atlético Paranaense e Coritiba quiserem vence o clássico Atletiba da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Waldemar Lemos, o anfitrião, começou sua carreira como preparador físico "faz tudo" de René Simões em 1985 no Mesquita, time da 2ª divisão do Campeonato Carioca.

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De lá para cá os laços afetivos das famílias se estreitaram e hoje a convivência chega a ser fraternal. "É uma coisa de irmão. O considero muito. Ele me ajudou muito e agradeço, pois ele me ajudou muito a conquistar tudo que tenho hoje profissionalmente e pessoalmente", disse Lemos. "Nossas filhas e nossas esposas são grandes amigas também".

Em lados extremamente opostos, neste domingo – a partir das 16h, no estádio Joaquim Américo (Arena da Baixada) – cada um vai defender o seu pão de cada dia. Por se conhecerem bem e até conversarem semanalmente, os dois sabem quais são as qualidades e os defeitos de cada um. Lemos desconversa sobre o que tentará explorar no amigo. "Não posso falar, mas ele também sabe de mim. Já nos enfrentamos quando eu treinava o Paulista e ele estava no Coritiba. Naquela vez levei a melhor", disse, se referindo à vitória da sua equipe por 3 a 2, dia 25 de agosto, na Série B de 2007.

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Simõs também elogiou o companheiro. "É um treinador excepciona. Sabe entrar dentro do jogador e tirar dele 100% do que pode oferecer. O Atletiba vai ser assim. Quem der 98% vai perder. Tem que ser dedicação de 100%".

Furacão indefinido

Colocando um ponto final nas gentilezas – "Espero que seja um belo jogo e tenho certeza que será", disse – Lemos falou sobre a possibilidade de contar ou não com o atacante Wallyson no jogo deste domingo. "Mesmo que os médicos liberem-no, quero conversar com ele para saber como ele está se sentindo. Não adianta tê-lo por meio jogo e perde-lo por um longo tempo. Prefiro contar com os que estão fortalecidos e possam agüentar 90 minutos", disse, em entrevista coletiva. Se não tiver condições, o treinador deve escalar Rafael Miranda na meia e adiantar Marcinho para o ataque.

O treinador comentou sobre o trabalho que tem sido feito com os goleiros do rubronegro. Vinicius e Galatto não gozam de muito prestígio junto a torcida e Waldemar Lemos garantiu que com empenho eles podem recuperar a moral. "Estamos trabalhando bastante. Muito mesmo. Acredito no trabalho e se você começa a trabalhar dando confiança, eles respondem à altura", comentou.

A provável escalação do Atlético apresenta Vinicius, Nei, Rodolfo, Rafael Santos, Márcio Azevedo; Valência, Chico, Rafael Miranda (Wallyson) e Paulo Baier; Rafael Moura e Marcinho.

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