Acostumado a vitórias e títulos, Ricardo Zonta teve um ano para poucas comemorações. O paranaense correu em três diferentes categorias na temporada, e vivenciou muitas dificuldades. A maior delas na Stock Car, sua principal prioridade neste fim de ano. Além de ter se tornado dono de equipe, Zonta tenta pontuar o máximo possível para manter o seu time na elite da Stock em 2009.
"O ano não foi muito bom, faltou experiência minha na direção de uma equipe de Stock Car. Acabei querendo renovar a parte técnica da equipe, e o carro deste ano não permite renovações nesta área. A Stock de hoje funciona muito na base do feijão com arroz, ou seja, fazendo apenas o básico, e acho que acabamos regredindo um pouco", disse Zonta, em entrevista à Gazeta do Povo Online.
Para melhorar o desempenho da equipe na última etapa, em Brasília, o paranaense trouxe de volta dois engenheiros, o uruguaio Pablo Marcelo Lopez e o argentino Miguel Angel Navarro. Como resultado, Zonta e o companheiro de equipe, o também paranaense Ricardo Sperafico, foram bem na classificação e na corrida. Ambos agora buscam bons resultados em Tarumã-RS (23/11) e Interlagos-SP (07/12) para garantir o time entre os 14 mais bem colocados, com vaga garantida na elite da Stock.
"Temos ainda um risco de rebaixamento, mas acredito que temos plenas condições de conquistar pontos importantes nestas etapas", afirmou. Parte do "prejuízo" na Stock Car em 2008 foi causado pelas participações de Ricardo Zonta na Grand Am Series categoria de turismo dos EUA e em provas de longa duração, como as 24 Horas de Le Mans, correndo a bordo de um Peugeot. Por participar de ambas, o piloto perdeu etapas da Stock e, de quebra, não conquistou vitórias compensadoras.
"Para o ano que vem eu fechei com a mesma equipe da Grand Am, já testamos o carro neste mês para as próximas 24 Horas de Daytona (em janeiro de 2009). Para Le Mans eu não fechei, era muito puxado, além do fato de ter outro fuso horário, o europeu", completou Zonta, na expectativa de que a próxima temporada, após muito aprendizado, seja de vitórias e, quem sabe, títulos.