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Secretário-geral da CBF, Walter Feldman . | Reprodução/Youtube
Secretário-geral da CBF, Walter Feldman .| Foto: Reprodução/Youtube

A CBF declarou, nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro, que não se opõe à realização da Primeira Liga em 2016. A entidade, porém, exigiu, após assembleia com as federações, que não haja conflito de datas entre o calendário dos estaduais e os jogos do torneio. Enquanto a liga formada por clubes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro anunciou, na segunda-feira (26), calendário com cinco datas, a CBF só aprova competição com ajustes e sem interferir nos certames estaduais.

Além disso, a CBF não quer mais tratar do assunto com o CEO da Liga, Alexandre Kalil, que na semana passada declarou que “a casa dos 7 a 1 não quer saber do futebol brasileiro”.

Reunidos em assembleia geral na sede da CBF, no Rio, os presidentes das federações estaduais foram unânimes em dizer que não se opõem à liga e a sua competição, desde que ela respeite o que rege os estatutos da CBF e das federações. Na prática, isso já obrigaria à liga a mudar a tabela de jogos apresentada na segunda, que prevê rodada nos dias 27 e 28 de janeiro, período que o calendário do futebol brasileiro reserva para a pré-temporada.

“(A assembleia) Não se opõe à Copa Sul-Minas-Rio, não se opõe à vinculação ou homologação de uma liga, desde que a legislação brasileira, internacional, os estatutos, os calendários sejam respeitados. Nós não podemos abrir mão disso. Fazer de qualquer jeito não é um bom caminho”, insistiu Feldman.

A citação ao “respeito à legislação” foi um recado de que a liga terá que respeitar o que rege os estatutos das federações, que, entre outras coisas, dão às entidades o poder de autorizar ou não a participação de seus filiados em competições. “O importante no futebol é a continuidade, é a perspectiva de ter um ranking dos estados que qualifiquem, do ponto de vista técnico, os participantes da competição, e não por um sistema de convites”, comentou o secretário-geral.

Existia uma possibilidade de a CBF recomendar sanções e obrigar os clubes a utilizarem times principais no Estadual, mas o assunto não foi debatido no encontro. De acordo com o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, cada estado cuidará disso à sua maneira.

Para ele, os clubes de Curitiba, que via de regra comandavam os Estaduais, precisam se preocupar com isso por conta própria ante ao crescimento dos clubes do interior. “Já fazem isso no Paraná [colocar times reservas para jogar o Estadual] e o risco é do clube. Nos últimos dois anos seguidos tivemos times do interior campeão. Cada clube decide como jogar”, disse ao SporTV.

Os representantes da Primeira Liga praticamente desprezaram os efeitos da assembleia de federações realizada na CBF. Para eles, o torneio sai de qualquer jeito.

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