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Batalha campal deixou rastro de destruição no gramado do Estádio Couto Pereira | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Batalha campal deixou rastro de destruição no gramado do Estádio Couto Pereira| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
  • Reprodução da página da súmula em que o árbitro Leandro Pedro Vuaden os distúrbios após Coritiba 1 x 1 Fluminense

O árbitro gáucho Leandro Pedro Vuaden, que apitou a partida entre Coritiba e Fluminense neste domingo (6), enviou na manhã desta segunda (7) a sumula do jogo à CBF. Vuaden descreveu a invasão de campo e a agressão sofrida pelo trio de arbitragem logo após o apito final. O árbitro classificou o comportamento do público como ruim. O resultado de 1 a 1 rebaixou o Coritiba e foi o estopim para uma batalha campal com 18 pessoal feridas, entre elas sete policiais e 22 torcedores detidos.

Na súmula, Vuaden relata: "Após o término do jogo, houve invasão de torcedores do Coritiba ao campo de jogo que vieram em nossa direção com o claro intuito de agredir-nos. Houve o enfrentamento e fomos agredidos até a chegada da Polícia Militar que nos retirou rapidamente do campo de jogo em direção ao vestiário de arbitragem, devido à grande quantidade de torcedores que invadiram o campo de jogo".

O árbitro descreveu o acontecido como "uma verdadeira batalha campal dos torcedores com a Polícia Militar e também com a equipe Fluminense". Vuaden ressaltou que as agressões sofridas pelo trio de arbitragem foram socos e pontapés e que não resultaram em lesão dos apitadores. Ele ainda elogiou na súmula o trabalho da Polícia Militar ao retirá-los rapidamente do gramado. À súmula foi anexado um boletim de ocorrência lavrado no 1º Distrito Policial da Capital, no Centro, em que o episódio é descrito como tentativa de lesão corporal contra o trio de arbitragem e os dois árbitros reservas.

Procuradoria do STJD pede interdição do Couto

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu nesta segunda-feira (7) a interdição preventiva do Estádio Couto Pereira até o julgamento do caso na corte. Nesta terça-feira (8), o presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, deverá decidir se acata ou não o pedido. O Coritiba deverá ser julgado até o final do ano.

O clube será denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 211 e o 213.O artigo 211 trata de "Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização", prevê multa e, quando for o caso, a interdição local até que sejam satisfeitas as condições de segurança exigidas. O artigo 213 trata de "Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos", prevê multa e perda de mando de campo de um a dez jogos. O valor total das multas pode chegar a R$ 210 mil. Este artigo traz punições tanto para arremesso de objetos quanto a invasões de campo.

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