Mesmo sem ser oficialmente apresentado, o projeto de conclusão da Arena visando à Copa já tem alguns detalhes revelados. O mais bombástico: o estádio não terá mais o fosso, que separa a arquibancada do gramado. E mais: pode sequer ter divisão entre torcidas.
Em um Atletiba, por exemplo, atleticanos e coxas-brancas poderiam sentar lado a lado. "Achamos que o fosso é uma coisa medieval. Não queremos afastar as pessoas. Apesar da violência, não podemos administrar o estádio com polícia. O projeto tem uma filosofia: o bem viver entre as pessoas. O estádio não terá mais o fosso", disse, de maneira definitiva, João Augusto Fleury.
Ele emendou sobre a separação das torcidas: "A sociedade evoluida tem que aprender a conviver com as diferenças, como a preferência clubistica. Não sei se vai dar certo, mas vamos tentar".
A obra não será apenas um espelho do lado já concluído. Para atender às exigências da Fifa e da Conmebol, que já tirou uma final de Libertadores da Baixada, será necessário uma nova idéia na metade que falta. O Atlético também tem outro problema: há um desnível de seis metros entre o terreno do gramado e o que era ocupado pelo colégio. Essa é uma das etapas ainda não definidas. "O projeto está em desenvolvimento, pois é complexo", aponta Paulo Serra, da Vigliecca & Associados, empresa contratada para a conclusão do estádio. Ou seja, mudanças ainda podem ocorrer, ainda que a CBF já tenha recebido um projeto inicial, orçado em pouco mais de US$ 30 milhões.
A construção da "Areninha", um ginásio poliesportivo anexo ao estádio, está garantida. Mas o torcedor atleticano não deve esperar isso tão para agora. "O Ginásio é uma segunda fase", conta Paulo Serra. A idéia é não parar por aí. João Fleury diz que o clube tem planos para erguer um verdadeiro complexo multifuncional na área, incluindo terrenos vizinhos.
"Temos interesse na aquisição de terrenos de terceiros. Mas sem especulação imobiliária", alerta o presidente do conselho gestor atleticano. Três investidores internacionais, entre eles a Kyocera, atual patrocinadora do clube, já estão praticamente confirmados. Fleury não antecipou os nomes, segundo o próprio, "por uma questão de ética de mercado". (NA)
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