Maior acerto do Coritiba nas contratações, Marcelinho Paraíba é, também, quem deu mais trabalho para ser mantido| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Alviverdes

Liberado

O centroavante Ariel está liberado para jogar o Atletiba. Ontem, no treinamento do Coritiba, o jogador só foi poupado do trabalho de finalizações. Antes, contudo, havia marcado um bonito gol de bicicleta.

Escalação

Ney Franco afirma que ainda tem dúvidas para escalar o Coritiba, mas está inclinado a colocar Dirceu no lugar do suspenso Pereira e Ariel na posição de Marcos Aurélio. A equipe deve ser formada por Édson Bastos, Ângelo, Jéci, Dirceu e Luciano Amaral; Leandro Donizete, Jaílton, Pedro Ken e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Ariel.

Ingresso

O ingresso estará mais caro para o alviverde que não tiver a camisa do Coritiba. A arquibancada custará R$ 40 e a cadeira da Mauá, R$ 60. Mas comprando até sábado e vestindo a camisa do clube o preço cai pela metade (respectivamente R$ 20 e R$ 30). No dia do jogo, com a camisa, a arquibancada custará R$ 30 e a Mauá R$ 40. O preço do visitante: R$ 40. Em todas as modalidades há meia.

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Atleticanas

De volta

Vice-campeão mundial com a seleção sub-20 no Egito, o volante Renan está desde ontem no CT do Caju. O Foguinho já está à disposi­­ção de Antônio Lopes e deve ficar no banco no Atletiba.

Quem vai marcar?

Sempre destacado para tentar anular a principal peça do adver­­sário, Valencia riu, mas não quis responder se é ele que vai marcar Marcelinho Paraíba no clássico. "Isso só verão na hora do jogo. Temos de nos preocupar com todo o time deles, não só o Marcelinho", afirmou.

Opções

Dois antigos titulares têm grandes chances de recuperar seus postos no Atletiba. Na defesa, total­­mente recuperado de um pro­­blema muscular, Rhodolfo deve entrar na vaga que foi muito bem guardada por Ronaldo. Já no ataque, Marcinho esteve melhor do que Wallyson frente ao Santo André e também deve iniciar o clássico. No entanto, Antônio Lopes só começa a testar a escalação hoje.

Alex Mineiro, ídolo rubro-negro, ainda não correspondeu na sua volta ao clube
Veja até quando vão os contratos dos jogadores das equipes
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Três times inteiros de reforços. Coritiba e Atlético trouxeram 33 jogadores durante 2009. Mesmo assim, de lado a lado, há poucas unanimidades. Ao olhar a lista de contratações alviverdes e rubro-negras se tem parte da explicação para as equipes chegarem ao último Atletiba do ano com apenas um objetivo em mente: escapar do rebaixamento.

Desde janeiro, o Coxa trouxe 20 novos nomes; o Furacão, 13. Dois coxas-brancas e quatro atleticanos já foram embora. Na so­­ma das duas escalações rivais, dez atletas que devem iniciar o clássico de domingo chegaram nesta temporada.

Pelo lado alviverde, a concentração ocorre na defesa: os laterais Ângelo e Luciano Amaral, o zagueiro Jéci e o volante Jaílton. A unanimidade, contudo, está no ataque: Marcelinho Paraíba. É ele também quem mais custa e dor de cabeça deu a diretoria do Alviverde.

Se o capitão do time lidera a lis­­ta de acertos, os erros tendem a ser maiores. Afinal, para chegar aos titulares foram contratadas duas dezenas de atletas. Só com a chegada dos três últimos (Rô­­mulo, Makelele e Luciano Ama­­ral) é que Ney Franco de­­monstrou estar satisfeito com o elenco. Mesmo assim, há jogadores como Cleiton e Márcio Ga­­briel que, por opção do técnico, passaram de titulares absolutos para quase não terem chances de atuar.

No Furacão, a lista de jogadores mais aproveitados é menor – assim como o número de re­­­forços contratados: Rafael Mi­­­randa é volante; Paulo Baier, meia; Wesley, uma espécie de faz tudo; e Alex Mineiro, atacante. O último foi a contratação mais comemorada e cara, mas é Baier, que chegou sob suspeitas, quem está liderando a equipe e é o ma­­estro do Rubro-Negro.

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Afirmar que o restante dos jo­­gadores não agradou é prematuro, afinal, Claiton se machucou sem estrear, e Brasão ainda não foi lembrado por Antônio Lopes (e também está machucado). Rodrigo Tiuí e Éverton, trazidos na última leva, pouco antes do fechamento da janela, atuaram apenas poucos minutos, respectivamente, contra Santo André e Grêmio.

"Essas contratações da última leva são por necessidade e emergência. Minimizamos o risco de errar no tempo de contrato que é curto. Outros, como Alex Mineiro, Paulo Baier e Claiton, foram planejados", diz o diretor de futebol atleticano Ocimar Bolicenho. "Uma equipe de futebol não são só 11. São 18, contando o banco, o que já aumneta o índice de acerto. Ago­ra, se formos falar nas últimas contratações, esse aproveitamento é de quase 100%", afirma João Carlos Vialle, diretor de futebol coritibano.

Contratar menos, se por um lado preserva o caixa do clube, por outro deixa a equipe mais fragilizada e previsível para o decorrer da partida. Enquanto Antônio Lopes se utiliza da versatilidade de Wesley e tem como trunfo a entrada de Marcinho pa­­ra supreender o adversário, no Co­­xa a teoria colocaria Ney Franco em vantagem, com atletas como os suspensos Thiago Gentil e Renatinho. Ainda so­­­bram Marcos Aurélio, Rômulo, Ma­­kelele e Leozinho.

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Rivais, não inimigos

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"Sou coxa-branca desde pequena, minha família inteira é coxa-branca. E, por ironia do destino, fui casar com um atleticano. Sem problema. Conseguimos conviver em harmonia e paz, cada um torcendo para o seu time. Já fui com ele assistir a um Atletiba na Arena, na torcida do Atlético, e ele no Couto, do lado dos torcedores do Coritiba. É difícil ficar na torcida do rival, mas nos viramos direitinho. Acho que ninguém percebeu. A questão agora é o Eduardo, nosso filho de seis meses. Fizemos um trato, ainda antes de ele nascer, que se fosse menino seria atleticano, e se fosse menina, coxa. Até ele crescer e decidir sozinho".

Camila Pedro Bom, 26 anos, advogada.

"Não dá para dizer que é bom nem dizer que é ruim. Depois de dez anos juntos, três de casado, é tranquilo. Seria melhor se ela fosse atleticana, mas... o jeito é respeitar. Sempre que tem jogo, um torce, o outro seca. Um Atletiba em especial me marcou. Aquele da final do Campeonato Paranaense, em 2000, que o Gustavo marcou o gol de empate e nós fomos campeões. Estávamos juntos na arquibancada, no meio da torcida do Atlético. Enquanto eu comemorava, a Camila teve de aceitar a derrota. Não tinha muito o que fazer".

Gustavo Campos, 30 anos, empresário.

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